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Meio Ambiente

Servidores do meio ambiente em MS decidem sobre greve só na sexta-feira

Assembleia avaliará paralisação por reestruturação de carreira e valorização salarial

Por Jhefferson Gamarra | 19/06/2024 17:47
Servidores durante protesto em frente a sede do Ibama em Campo Grande (Foto: Divulgação)
Servidores durante protesto em frente a sede do Ibama em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) de Mato Grosso do Sul realizarão uma assembleia na próxima sexta-feira (21) para decidir se entrarão em greve geral a partir de 1º de junho. A movimentação visa pressionar o Governo Federal pela reestruturação das carreiras e a valorização salarial.

Alguns servidores já entregaram cargos de chefia como forma de protesto, mas trabalhadores em estágio probatório e com ligações políticas estão hesitantes em aderir à greve.

“A greve nacional é associativa e cada estado que tem sua sede do Ibama decide sobre a adesão. A assembleia está agendada para a sexta e nosso indicativo está previsto para a partir dia primeiro de julho. Ainda estamos em discussão, mas alguns servidores em estágio probatório estão receosos, além disso alguns ocupantes de cargos de chefia estão resistentes a aderir o movimento para não perder o cargo político”, comentou Vicente Mota de Souza Lima, membro da direção do SINTSEP/MS (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal em Mato Grosso do Sul).

A principal demanda dos trabalhadores é a redução das diferenças salariais entre técnicos e analistas que, apesar de desempenharem as mesmas funções e terem a mesma qualificação, enfrentam uma discrepância salarial de até 100%. Além disso, a categoria busca um aumento real nos vencimentos, defasados há dez anos. Após um reajuste de 9% no ano passado, foi oferecido apenas 1% este ano, resultando em uma defasagem acumulada de quase 40%.

Em caso de adesão à greve, apenas serviços essenciais serão mantidos, com um mínimo de servidores por setor, conforme determinação do jurídico do sindicato. Em relação às queimadas que atingem o Pantanal, Vicente Mota garante que o combate não será prejudicado, já que a operação é conduzida principalmente pela brigada do PrevFogo, envolvendo poucos servidores do Ibama. A criação de uma data-base para reajustes anuais também está entre as reivindicações para evitar futuras defasagens salariais.

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