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EpiMania

Casal trans "meteu o louco", casou e vive para mostrar que amor venceu

Afropaty e Alexandre falam sobre suas histórias de vida, barreiras que enfrentam e como ajudam outras pessoas

Por Gabi Cenciarelli | 10/09/2024 08:36

Assista o sétimo episódio do EpiMania abaixo:

O sétimo episódio do EpiMania, podcast do Campo Grande News, fala sobre gênero e sexualidade. É comum ouvir de membros da comunidade  LGBTQIAPN+ exemplos de preconceito  ou marginalização pela orientação sexual ou identidade de gênero.

No Brasil, uma pessoa LGBTQIAPN+ morreu de forma violenta no Brasil a cada 38 horas no ano passado. A informação levantada pela Associação Acontece Arte e Política LGBTI+ e outras organizações, e revela uma realidade que precisa ser enfrentada. Uma forma de fazer esse combate é normalizar pessoas gays, lésbicas, transsexuais e todo pertencente da comunidade em todos os ambientes.

Nesse episódio do EpiMania os anfitriões Gabi Cenciarelli e Lucas Mamédio conversaram com a DJ Afropaty e com o profissional de Educação Física Alexandre Clemente. Os dois são pessoas transsexuais e estão casados desde o início do ano. Nesse papo, eles falaram sobre os desafios individuais que passaram em suas jornadas de transição de gênero.

Mesmo não sendo o caso da maioria das pessoas trans, ambos contaram histórias de aceitação nas respectivas famílias. Para Alexandre, apesar da aceitação, uma das dificuldades foi a mãe dele aprender a chamá-lo pelo pronome correto.

"Minha mãe tinha muita dificuldade com o meu pronome, mas um dia eu cheguei em casa e ela tava com um curativo. Me pediu pra ajudar a refazer o curativo e quando eu vi, ela tinha tatuado o meu nome social: Alexandre", contou o profissional de educação física.

Outro ponto levantado durante a conversa foi que, apesar da importância e de como o mundo lida com pessoas da comunidade trans, também é desafiador lidar com o autoentendimento.

No caso da Afropaty, ela viveu toda a adolescência se identificando como um homem gay, mas na vida adulta se entendeu como uma mulher transgênero. "No meu lado artístico sempre vivi como Afropaty, mas com anos de terapia e buscando a minha verdade, me entendi como mulher trans", compartilhou a DJ.

Outro tema discutido é que, por muitas vezes, as dificuldades de aceitação para comunidade não param nas portas de casa com a família. Na sociedade é comum que sofram preconceito na hora de se relacionar, estudar, procurar emprego ou exercer qualquer papel na comunidade como um todo.

Muito desse preconceito está enraizado na ideia de que essas pessoas vivem uma vida promíscua. O caso do Alexandre e da Afropaty é um exemplo do contrário. "A gente se conheceu, em pouco tempo já estávamos namorando e já somos casados. A gente se ama e se entende", relatou Alexandre.

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