"Fechar fronteira" é saída para reduzir criminalidade no País, afirma Reinaldo
"O Brasil está enxugando gelo combatendo o tráfico só nos grandes centros", diz governador
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a defender, nesta terça-feira, em Maracaju, o fechamento da fronteira com o caminho mais acertado para diminuir a criminalidade do Brasil. Os perigos da “porosidade” da faixa fronteiriça com Paraguai e Bolívia, por onde armas e drogas ganham o território nacional, foi tema de artigo do governador ontem (dia 16) em artigo no jornal Folha de São Paulo. A declaração também faz eco a um manifesto por mais ajuda da União, divulgado neste mês por Reinaldo e governadores de mais seis Estados.
“Esse é o caminho para diminuir a criminalidade no Brasil, porque toda a violência no País tem relação com tráfico de drogas e armas. O Brasil está enxugando gelo combatendo o tráfico só nos grandes centros. Seria muito mais viável o fechamento ostensivo das fronteiras, com a presença das forças federais”, afirma o governador.
No ano passado, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) apreendeu 427 toneladas de drogas em Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com Bolívia e Paraguai. O total teve acréscimo de 42% no comparativo com 2016, quando foram 300 toneladas de drogas.
“Imagina se tivesse uma ostensividade maior, com a presença da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Todo País do mundo protege as suas fronteiras, mas o Brasil abandonou as suas fronteiras”, reclama Azambuja.
Levantamento da PF mostra que fica em Mato Grosso do Sul duas das oito principais rotas para ingresso de armas no Brasil: Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Corumbá, na fronteira com Puerto Suarez (Bolívia). O destino é abastecer facções criminosas.
Nesta quarta-feira (dia 17), o governador participa da Showtec, feira agropecuária em Maracaju, a 160 km de Campo Grande.