"Pilantras devem devolver o que roubaram", diz Reinaldo sobre JBS
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), voltou a falar, nesta sexta-feira (26), sobre as delações premiadas dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, envolvendo seu nome, apresentou números dos impostos recolhidos pelo grupo empresarial no Estado entre 2014 e 2017, e chamou os dois empresários goianos de pilantras.
“Daqui para frente esse assunto delação será tratado pelo meu advogado junto ao Judiciário, e a mim, como governador, caberá cuidar do Estado e não deixar que os investimentos parem. Espero celeridade da Justiça e que esses pilantras paguem pelos seus crimes e devolvam o dinheiro que foi roubado”, declarou Azambuja.
As declarações foram durante cerimônia de entrega de de 115 viaturas para a Polícia Civil, Polícia Militar e Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), realizada na Praça do Rádio, em Campo Grande.
Reinaldo Azambuja afirmou que os números referentes a arrecadação de impostos da JBS em Mato Grosso do Sul demonstram que o seu governo agiu com austeridade e não teve conivência em qualquer esquema.
Segundo ele, em 2014, ou seja, antes do início da sua gestão, a JBS recolheu R$ 14 milhões em impostos em Mato Grosso do Sul, e já em 2016, no primeiro ano de sua gestão, este número bateu a casa dos R$ 73,8 milhões. “Ao findar de 2017 a nossa estimativa é de que mais de R$ 100 milhões sejam pagos pela JBS a título de impostos no Estado”, declarou.
Histórico – Conforme a delação feita à PGR (Procuradoria Geral da República), Reinaldo Azambuja teria recebido R$ 45.631.696,03 do grupo JBS. Parte do dinheiro teria sido pago ao governador em espécie e outra parte por meio de notas supostamente frias.