Acusado de fazer "rachadinha", vereador é absolvido por colegas
Parlamentar foi acusado por ex-assessora; análise foi no último dia do prazo
Os parlamentares da Câmara de Vereadores de Rio Brilhante absolveram, durante sessão na noite desta segunda-feira (26), por unanimidade, o colega Carlos Roberto Segatto (PTB), o “Tucura”, acusado no começo deste ano de cobrar parte do salário de uma ex-assessora, na prática da “rachadinha”.
Houve debate entre os parlamentares, que levaram o assunto à votação no limite do prazo; se não julgassem o caso hoje, o processo de cassação seria arquivado. A ex-assessora foi ouvida pelos parlamentares, manteve as informações iniciais, que chegou a relatar na Polícia Civil da cidade.
Depois dela, o parlamentar respondeu questionamentos dos colegas sobre as acusações de que praticou rachadinha, foi homofóbico e também cometeu injúria, negando-as. Depois, os colegas passaram a falar sobre a tramitação dos trabalhos da comissão processante, apontando que somente receberam o relatório no início da sessão.
O primeiro a se manifestar, Juarez Alves Roza, chegou a usar a expressão “enrolation”. Outros parlamentares apontaram que nos 90 dias de investigação não houve submissão dos áudios gravados à perícia. Rose Giuliani defendeu o trabalho da comissão e que houve pressão hoje sobre os parlamentares, sem indicar nome.
Apontou que os vereadores não podiam jogar a responsabilidade pelos votos na comissão. Vereador "Nô", José Maria Caetano de Sousa, veterano, declarou voto já na sua manifestação, dizendo que o episódio serviria de lição ao parlamentar investigado pela Casa, no primeiro caso de cassação analisado.
Em seguida, Segatto falou brevemente, dispensando as duas horas a que teria direito, dizendo apenas que não havia provas que apontassem que ele cometeu as condutas imputadas. Os parlamentares votaram e absolveram por unanimidade o colega de todas as acusações. A Câmara concluiu a análise e anunciou o início do recesso.