Adalberto diz que foi professor de Dorsa e não entende massacre moral
O médico Adalberto Siufi afirmou, em depoimento à CPI da Saúde da Câmara Municipal, na tarde de hoje, que não tem qualquer relação com o ex-diretor do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa. No entanto, admite que foi seu professor. Ele também se mostrou indignado com o “massacre moral” que sofre após a Operação Sangue Frio, da Polícia Federal.
Siufi apresentou, no início do depoimento, a biografia e a trajetória como médico e dirigente do Hospital do Câncer. Ele foi afastado após denúncias de superfaturamento no tratamento do câncer em até 70%, pagar super salários para familiares no hospital e utilizar a instituição para beneficiar a sua empresa, a Neorad.
Adalberto negou qualquer relação com o ex-diretor do HU, José Carlos Dorsa. Essa era uma das principais questões a serem esclarecidas, segundo o presidente da comissão, vereador Flávio César (PTdoB).
Além de negar qualquer ligação com Dorsa, o médico também negou que a Neorad preste serviços ao Hospital Universitário. Conforme denúncias da PF, a empresa tinha até funcionários dentro do hospital, que foram afastados após a operação, em março deste ano.
Contudo, Adalberto Siufi admitiu eu foi professor de Dorsa na faculdade de Medicina.
Massacre – Adalberto afirmou que ele e sua família estão sendo vítimas de um “massacre moral”. Ele também acusou o programa Fantástico, da Rede Globo, de manipular suas conversas telefônicas, gravadas pela PF, e por um repórter, para coloca-lo contra a opinião pública.
Acusou o jornalista de ter sido grosseiro e tê-lo colocado contra a parede para ter obtido as declarações. Em determinado trecho da gravação, Siufi diz que os pacientes podem esperar e até brinca com o sofrimento das pessoas com câncer.
Ele foi afastado do Hospital do Câncer após as denúncias de que comandava a máfia do câncer no Estado. Ele tentou voltar para atuar como médico no Hospital do Câncer, mas o pedido foi rejeitado pela Justiça.
Durante o depoimento hoje, o médico voltou a frisar que tem o interesse de por um ponto final nas denúncias e no suposto “massacre moral”.