Administrativos cobram incorporação de 50% do abono prometido durante a greve
Cáusula do Governo esclarece que o acordo só teria efeito, com a condição de os gastos com pessoal não ultrapassassem o limite prudencial de 46,6%
Um grupo de 25 administrativos da educação pede apoio dos deputados e protestam no plenário da Assembléia Legislativa cobrando a incorporação de 50% do abono na salário a partir de outubro. O projeto deve ser enviado para votação até a semana que vem, mas segundo o Sinted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), o governo alega que ultrapassou os limites com pessoal.
O presidente do sindicato, Wilds Ovando Pereira explica que em abril, durante a greve, o governo entrou em acordo com a categoria para um reajuste salarial de 3,04%, auxílio alimentação de R$ 100, concurso para abertura de novas vagas e abono de R$ 200, que seria incorporado ao salário em duas vezes, em outubro deste ano e o restante a partir de maio de 2019.
No entanto, uma cláusula do Governo esclarece que o acordo só teria efeito, com a condição de os gastos com pessoal não ultrapassassem o limite prudencial de 46,6%. Outra ponto era de que o projeto seria enviado para votação a partir de junho.
O presidente pontua que esse projeto tem de ser enviado à AL até o dia 7 de julho em função das leis eleitorais. No entanto, segundo Wilds, durante contato com o governo foi informado de que o “limite teria sido ultrapassado”.
A categoria questiona que nos gastos ultrapassados, o Governo inclui as aposentadorias. Os servidores entendem que estes gastos não podem estar dentro desse limitei.
“Por causa desses gastos com aposentadoria é que o limite ultrapassou. Por isso viemos pedir apoio aos deputados, para que o governo reveja essa situação e posso cumprir o que combinou”, disse Wildes.
Salário x Incorporação - Hoje, 5,9 mil administrativos no Estado, que trabalham seis horas diárias possuem o salário base de R$ 828, que é somado ao abono de R$ 200 e ao auxílio de R$ 100. “Se houver a incorporação dos 50% em outubro, eles passam a ter um salário base de R$ 954”, disse.
O deputado Amarildo Cruz recolhe assinaturas dos colegas para enviar um requerimento ao governo, em apoio aos administrativos.
A assessoria de imprensa da Secreteria de Administração e Desburocratização do Estado apura a situação.