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Política

Além de ponto eletrônico, servidores do Estado terão avaliação de desempenho

Avaliações de desempenho individual estão previstas para iniciar em março

Richelieu de Carlo | 25/01/2017 13:38
Carlos Alberto de Assis, secretário estadual de Administração e Desburocratização. (Foto: Richelieu de Carlo)
Carlos Alberto de Assis, secretário estadual de Administração e Desburocratização. (Foto: Richelieu de Carlo)

O Governo do Estado vai instalar pontos eletrônicos ainda no primeiro semestre do ano, para controlar a presença de todos os servidores públicos estaduais. Mas, além de provar o cumprimento de horário, eles vão passar por avaliações de desempenho individual.

Em entrevista ao Campo Grande News, na manhã desta quarta-feira (25), o secretário estadual de Administração, Carlos Alberto de Assis,  disse que as medidas fazem parte de uma política de gestão do servidor a ser implantada este ano.

Em edital de licitação divulgado, ontem, no Diário Oficial do Estado, o governo pretende alugar 600 máquinas para que cada um dos cerca de 40 mil servidores façam seu registro de ponto eletronicamente. Além disso, até março deste ano, cada um desses funcionários começarão a passar por uma ADI (Avaliação de Desempenho Individual).

Segundo Carlos Alberto de Assis, as medidas não possuem caráter de vigilância, mas de valorização, e que, antes disso, farão investimento no pessoal.

“A intenção não é vigiar os servidores. Nós queremos valorizar os que fazem o serviço corretamente. A grande maioria presta um bom serviço, cumpre horário, e estamos satisfeitos. E o ponto vem para provar que ele cumpre seu horário”, diz Assis. “A avaliação de desempenho faz parte da gestão de servidores que nós vamos implantar, mas, antes disso, vamos investir no conhecimento do servidor, capacitá-lo e a partir disso vamos acompanhar o seu desenvolvimento”.

Apesar de no edital de licitação constar a intenção de aluguel de 600 máquinas com valor mensal de R$ 472,66 cada. O chefe da SAD espera que, com a concorrência, esse valor caia para R$ 350, o que daria anualmente gastos de R$ 2,5 milhões, ao invés dos R$ 3,2 milhões previstos com os valores do edital.

“O que pedimos é uma ata de registro de preços, não quer dizer que vamos contratar tudo que está ali. Vamos pedir à medida que o governo precisa. Inicialmente a demanda é de 550 máquinas, com cerca de R$ 350 no aluguel de cada máquina”, explica Carlos Alberto de Assis.

Ele espera que os preços sejam definidos ainda no dia 6 de fevereiro, quando as empresas interessadas apresentarão as propostas de valores, e, após assinatura do contrato, o prazo é de 60 dias para a instalação das máquinas.

Ponto eletrônico instalado na secretaria de Administração. (Foto: Richelieu de Carlo)
Ponto eletrônico instalado na secretaria de Administração. (Foto: Richelieu de Carlo)

Economia – A implantação dos pontos eletrônicos também é uma medida de economia. Atualmente, segundo o secretário de Administração, o governo tem gastos brutos com a folha de servidores de cerca de R$ 400 milhões mensais. Com o controle eletrônico, em que as faltas sem justificativa são descontadas automaticamente no holerite, a previsão de redução fica entre R$ 8,5 milhões a R$ 12 milhões.

“Esse valor é se considerarmos que cada servidor falte pelo menos um dia de trabalho ao mês, sem justificativa”, diz Carlos Alberto de Assis. Sobre as horas extras, ele revela que será criado um banco de horas, e que os servidores só poderão ficar além do horário com autorização do superintendente de cada pasta.

A empresa vencedora da licitação também fornecerá software para que o registro de ponto possa ser feito também pelo celular e computador. Ela também será responsável pela manutenção e troca dos equipamentos.

De acordo com Assis, em locais onde trabalham menos de 30 servidores, o registro de ponto será feito através do computador. Ele também esclarece a opção de alugar as máquinas, em vez de comprar.

“A economia vai ser maior. Os gastos com manutenção, atualização do sistema e troca de máquinas fica a cargo da empresa que presta o serviço. E também estamos licitando por preços abaixo do que é praticado no mercado”, diz Assis.

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