Álvaro Dias diz que experiência e "passado limpo" vão contar na eleição
Senador concedeu entrevista coletiva como pré-candidato a presidente da República
O senador Álvaro Dias (Podemos - PR), pré-candidato à presidência da República, disse em entrevista coletiva nesta manhã (19), em Campo Grande, que sua principal bandeira de campanha é o fato de ter experiência administrativa e política, além de ter um "passado limpo" contra denúncias e esquemas de corrupção.
Ele ponderou que o País precisa de "ajustes fiscais" a curto prazo, investimentos em médio (prazo) e aumentar a produção no futuro. Por esta razão, defende que os eleitores precisam escolher um presidente com experiência administrativa. "O Brasil não pode ir para as mãos de um principiante".
Também defende que o futuro presidente tenha 50% de foco na gestão e 50% como comunicador. "As pessoas precisam entender o que a União está fazendo, pois com o apoio popular, o gestor terá a parceria do Congresso (Nacional), até por uma questão de sobrevivência".
Sobre a lei da ficha limpa, lamentou que ainda se tenha foro privilegiado. "Se já houvesse caído esta proteção, muitos políticos já teriam sido julgados e não teriam condições de disputar a eleição". O senador também acredita que a escolha será pelo candidato e não o partido, até pelas siglas não terem posições bem definidas.
Agricultura - O pré-candidato disse que vai dar "atenção especial" para agricultura, pelo setor ter "carregado o País nas costas" nos últimos anos. "Foi o campo que garantiu saldo positivo e superávit na balança comercial". Já as relações políticas serão mais próximas com os países de primeiro mundo, para diminuir a barreira comercial aos produtos do Brasil.
Sobre a economia, garante que vai ter controle sobre as taxas de juros, assim como os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. "O presidente atual deixou os juros para definição dos banqueiros, enquanto que a gasolina é definida pela Petrobras, o que acaba prejudicando a população".
Reformas - Álvaro Dias também defendeu a reforma da previdência, mas com regras diferentes do que foi apresentada e com a cobrança antes sobre os inadimplentes. "Tem que cobrar as dívidas dos poderosos como da JBS e empresa do Eike Batista, antes de mudar as regras para as pessoas comuns".
Ainda quer uma comunicação melhor sobre o tema com a população. "Tem que explicar em detalhes, ao invés de alimentar conflitos, o governo não sabe conversar com a sociedade". Outro tema da sua pauta é sobre a relação com o Judiciário. "Temos leis de mais e aplicação de menos, além da morosidade que prejudica todo o processo, temos que melhorar este cenário, para depois aprimorar as leis".