Ao lado do presidente, Riedel e os demais 26 governadores caminham rumo ao STF
Lula e os governadores brasileiros se reuniram nesta segunda-feira, em defesa da democracia
Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e os demais 26 governadores visitaram nesta segunda-feira (9) as instalações da sede do STF (Supremo Tribunal Federal), um dia após os atos terroristas que depredaram a sede do tribunal, o Congresso e o Palácio do Planalto.
Após reunião com Lula no Palácio do Planalto, os representantes estaduais atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé para prestar solidariedade à Corte.
Também acompanharam a caminhada a presidente do STF, ministra Rosa Weber, os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, além de ministros do governo federal e parlamentares.
Inicialmente, estava prevista uma reunião com os governadores e os ministros no STF, mas a previsão foi alterada para a caminhada. As autoridades permaneceram nas dependências do tribunal.
Segundo a Agência Brasil, o presidente afirmou que o governo vai trabalhar para descobrir os responsáveis pelo financiamento dos atos e que a destruição "atende a interesses de uma minoria".
Mais tarde, Riedel publicou vídeo em suas redes sociais, em que criticou os atos de vandalismo cometidos em Brasília (DF). "Impressiona muito essa destruição, depredação, que houve nos prédios que representam os Três Poderes. Eu só queria ratificar que sou totalmente contra qualquer tipo de movimento que invada e deprede patrimônio público ou privado, que ultrapasse a linha da legalidade".
O tucano ressaltou que manifestações de quaisquer ideologias devem ser cobradas, caso haja crimes. "No Mato Grosso do Sul vamos sempre zelar pela pacificidade de qualquer tipo de movimento e aqui não vale linha ideológica de direita ou esquerda. Temos que discutir a evolução do País, a evolução do Estado".
Posicionamento - Riedel já tinha repudiado uso de violência e vandalismo em "quaisquer tipos de manifestações", na tarde deste domingo (8), em publicação feita nas redes sociais. Apoiadores do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), invadiram naquela tarde o Congresso Nacional e ultrapassaram as correntes de contenção do Palácio do Planalto.
Policiais foram atacados, diferentes objetos e estruturas foram quebradas e até partes da Câmara dos Deputados foram incendiadas.
Posteriormente, o presidente Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal. Centenas de pessoas foram presas pelas forças de segurança pública. AGU (Advocacia Geral da União) também pediu a prisão de Anderson Torres, secretário estadual de Segurança Pública exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, que foi afastado a pedido do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
(*) Matéria editada às 00h21 de 10 de janeiro de 2023 para acréscimo de informações.