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Política

Após TRE derrubar chapa, 3 candidatos disputam prefeitura no domingo

Juiz rejeitou pedido para substituir vice em coligação do DEM; disputa em Miranda deve mobilizar 18 mil eleitores

Humberto Marques | 04/10/2019 20:01
Paço Municipal de Miranda; 3 das 4 chapas inscritas disputarão o Executivo. (Foto: PMM/Arquivo)
Paço Municipal de Miranda; 3 das 4 chapas inscritas disputarão o Executivo. (Foto: PMM/Arquivo)

Os pouco mais de 18 mil eleitores cadastrados de Miranda –a 201 km de Campo Grande– têm neste domingo (6) um encontro com as urnas, para a escolha do prefeito que irá completar o mandato de 2017 a 2020. Na véspera, chegarão ao fim os 30 dias de campanha eleitoral autorizada para a eleição suplementar, marcada pela rapidez e troca de acusações entre candidatos, bem como por decisão da Justiça Eleitoral que, das quatro chapas inscritas para a disputa, manteve apenas três no páreo.

Na última semana antes da votação, a coligação Renovação, Trabalho e Competência, dos vereadores e candidatos Valter Ferreira de Oliveira (DEM) e Elange Ribeiro (PSD), viu o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) invalidar seu registro parcial. O problema apontado foi com Elange, que concorria a vice e no início do ano deixou o PRP, recém-absorvido pelo Patriota, e se filiou ao PSD. Porém, a oficialização da troca partidária perante a Justiça ocorreu apenas em 21 de agosto, e não há seis meses da data de votação, como manda a lei.

Provas que tentavam comprovar que o novo endereço partidário foi escolhido dentro do prazo foram descartadas pelo tribunal. Sem saída, a chapa tentou trocar o vice, mas nesta sexta-feira (4) o juiz Alexsandro Motta, da 15ª Vara Eleitoral, negou o pedido de substituição da vereadora por Paulo Rateiro, alegando justamente a manifestação o TRE contrária à manutenção da chapa –emitida em 1º de outubro apontando que a troca de candidatos só poderia ocorrer até 16 de setembro, prazo também previsto na Legislação.

Os dados do nome do DEM e da vice constarão na urna eletrônica, porém, conforme o cartório eleitoral de Miranda, votos direcionados à chapa serão considerados nulos.

Sem a coligação encabeçada por Valter (que reunira também o MDB e o PSC), permaneceram na disputa três candidatos. Edson Moraes (Patri), presidente da Câmara e atual prefeito interino, tem como vice o também vereador Ronaldo Lisboa (PDT) e encabeça a coligação Juntos por Miranda (PTB, PT e PSB integram a chapa).

O Solidariedade lançou a candidatura do vereador Giorgio Bruno Maia Cordella, tendo como vice Daniel Rodrigues Benites Filho.

Pelo PV, disputam o Executivo José Lopes dos Santos Sobrinho como candidato a prefeito e Cornélio da Costa e Souza Neto como vice.

Edson Moraes, da chapa Juntos por Miranda. (Imagem: TRE/Reorodução)
Edson Moraes, da chapa Juntos por Miranda. (Imagem: TRE/Reorodução)
Giorgio Cordella, candidato do Solidariedade. (Foto: TRE/
Giorgio Cordella, candidato do Solidariedade. (Foto: TRE/
José Lopes concorre a prefeito pelo PV. (Foto: Divulgação)
José Lopes concorre a prefeito pelo PV. (Foto: Divulgação)
Valter e sua vice tiveram as candidaturas indeferidas. (Foto: Arquivo pessoal)
Valter e sua vice tiveram as candidaturas indeferidas. (Foto: Arquivo pessoal)

Campanha – A disputa no município, embora curta, acabou abalada ante acusações de troca de combustíveis por fotos, que vieram à tona também nos últimos dias da campanha, balizadas em gravações de candidatos. Até o momento, porém, não foram anunciadas medidas do Judiciário diante das acusações.

A campanha eleitoral no município teve teto de gastos de R$ 422 mil por candidato, o mesmo valor usado na corrida eleitoral de 2016 e que representaria uma despesa de R$ 14 mil por dia de campanha. O mandato do vencedor termina em 31 de dezembro de 2020, isto é, o candidato eleito neste domingo terá pouco menos de 13 meses de mandato. A votação ocorrerá ao longo de domingo e a totalização de votos, via sistema eletrônico, ocorrerá no mesmo dia, prometendo um resultado rápido.

A disputa eleitoral é resultado da cassação da prefeita e vice eleitos em 2016. Marlene Bossay (MDB) e Antônio Rojo (PTB) perderam os mandatos por decisão do TRE, sob acusação de trocarem votos por cestas básicas e combustíveis. A acusação rendeu também a perda do mandato do vereador Ivan Bossay (MDB), filho da ex-prefeita e que, recentemente, tiveram recursos negados pelo tribunal.

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