Aprovados os nomes indicados ao cargo de diretor no Banco Central
Parlamentares tiveram direito ao voto secreto; dirigentes participarão da reunião do Copom em janeiro
O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (10), os três novos diretores do Banco Central, que tomarão posse em janeiro. Nilton José Schneider, Izabela Moreira Correa e Gilneu Astolfi Vivan foram os nomeados, e as indicações foram aprovadas em votação, com placar de 50 votos a 3 para Schneider, Correa por 48 votos a 3, e Vivan por 53 votos a 3.
A aprovação foi realizada de forma rápida e permite que os indicados participem da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para os dias 28 e 29 de janeiro.
Antes da votação no plenário, os três passaram por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde se comprometeram a focar no controle da inflação. Schneider, indicado para a Diretoria de Política Monetária, afirmou que o Banco Central precisa manter uma vigilância constante sobre a política econômica em um cenário global desafiador.
Durante a sabatina, ele também comentou sobre a intervenção no câmbio, destacando que as reservas internacionais seriam a primeira linha de defesa do Brasil, mas que uma intervenção não teria efeitos duradouros.
Schneider, que possui vasta experiência no mercado financeiro, é graduado em Engenharia de Produção pela USP e atuou como chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco. Já Izabela Correa, indicada para a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, substituirá a atual diretora Carolina de Assis Barros. Ela é servidora do Banco Central desde 2006, com doutorado pela London School of Economics, e atualmente ocupa o cargo de secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União.
Gilneu Vivan, por sua vez, ocupará a Diretoria de Regulação, substituindo Otávio Damaso, cujo mandato se encerra no fim do ano. Servidor de carreira do BC desde 1994, Vivan é chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro e tem ampla experiência em grupos internacionais de regulação financeira, como o Grupo Analítico de Vulnerabilidades do Conselho de Estabilidade Financeira, ligado ao G20.
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