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Política

Bancada de MS acha que saída de Cunha favorece trabalhos na Câmara

Os parlamentares dizem que ex-presidente demorou para renunciar

Leonardo Rocha | 08/07/2016 11:25
Mandetta diz que Cunha demorou para tomar esta decisão (Foto: Luis Macedo/Agência Câmara)
Mandetta diz que Cunha demorou para tomar esta decisão (Foto: Luis Macedo/Agência Câmara)
Marun diz que foi o primeiro aliado a pedir renúncia de Cunha (Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)
Marun diz que foi o primeiro aliado a pedir renúncia de Cunha (Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)
Tereza Cristina diz que agora os trabalhos vão voltar a normalidade (Foto: Sérgio Francês/Lid PSB)
Tereza Cristina diz que agora os trabalhos vão voltar a normalidade (Foto: Sérgio Francês/Lid PSB)
Zeca do PT diz que situação de Cunha era insustentável (Foto: Divulgação)
Zeca do PT diz que situação de Cunha era insustentável (Foto: Divulgação)
Geraldo Resende diz que novo presidente precisa ter credibilidade (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Geraldo Resende diz que novo presidente precisa ter credibilidade (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Os deputados de Mato Grosso do Sul avaliam que com a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo de presidente da Câmara Federal, os trabalhos no legislativo irão voltar a funcionar e projetos importantes serão votados. Eles disseram que esta decisão do peemedebista até demorou, gerando "desgaste" para Casa de Leis.

Para o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) esta renúncia poderia ter sido feita, logo após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em afastá-lo do mandato. "Ele demorou, o presidente interino (Waldir Maranhão), não tinha condições de conduzir e isto prejudicou o poder legislativo, agora é escolher alguém capacitado para função".

Tereza Cristina (PSB) disse que o importante é voltar a "normalidade" dos trabalhos, que estavam prejudicados com este impasse. "Já tinha passado da hora (renúncia), precisamos votar matérias importantes, e ter alguém com bom trânsito na presidência e com os parlamentares".

Geraldo Resende (PSDB) ponderou que Cunha não tinha mais "condições políticas" de comandar o legislativo e que a Câmara tinha ficado em condições precárias. "O novo presidente precisa ter credibilidade e crédito com a sociedade e classe política, para que não haja mais desgaste".

Já o deputado Zeca do PT lembrou que a situação era "insustentável" e saída do peemedebista, é melhor para todos. "Agora fora do cargo, ele poderá priorizar sua defesa e os deputados devem fazer sua parte, que é votar a reforma política e tornar as ações mais transparentes".

Carlos Marun (PMDB), um dos principais defensores de Cunha, garante que foi o primeiro aliado a defender sua renúncia, para que a Casa de Leis voltasse a funcionar e ter equilíbrio. "Foi uma atitude positiva e importante, agora vai ter a articulação na segunda-feira (11), para definir o presidente, seria bom alguém de consenso".

Plano - Marun negou que esta "renúncia" seja um plano para salvar mandato do ex-presidente. "Natural que ele continue a se defender, mas o PT e seus aliados sempre temem uma manobra ou estratégia de Cunha, pensam e sonham com ele todos os dias", disse ele.

A nova eleição para escolha do presidente, deve ocorrer na próxima terça-feira (12). Eduardo Cunha renunciou ao cargo ontem (07), durante pronunciamento na Sala Verde do legislativo. Ele se declarou novamente "inocente" e disse que sofre "perseguição política", mas que deixaria o cargo, para ajudar no andamento dos trabalhos da Câmara.

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