Bancada federal vai apresentar dois nomes para substituir Miranda no Dnit
Deputados e senadores querem evitar queda no desenvolvimento do trabalho e prejuízo nas rodovias
O coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), informou nesta manhã que os deputados e senadores do Estado pretendem apresentar à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, dois nomes para a Superintendência do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Estado, que ficou vaga com a exoneração de Marcelo Miranda.
Resende explica que conversou com o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), com um representante do senador Delcídio Amaral (PT) e decidiram enviar um documento, assinado por toda a bancada, com a indicação de dois nomes para a substituição.
Segundo Resende, a indicação vai respeitar a portaria do Ministério do Transporte, definindo que o superintendente do DNIT deve ser funcionário público de carreira, respeitando a determinação do início do mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT), que deu preferência a indicações técnicas na maioria dos ministérios, mesmo aquelas indicadas por partidos.
Geraldo Resende alega que embora seja uma indicação técnica, a bancada vai estar atenta para evitar que seja escolhido alguém que não dê continuidade ao trabalho realizado para transformar a malha rodoviária “em uma das melhores do País”.
Ontem (4) o governador André Puccinelli (PMDB) disse que não participa de nenhuma articulação para emplacar o nome do novo superintendente do órgão. O governador negou que tenha indicado nomes, mas disse que ficou sabendo da demissão de Marcelo Miranda antes da publicação.
Marcelo Miranda e seu substituto imediato, Guilherme Alcântara, foram exonerados por desrespeito a dois artigos da lei sobre deveres dos servidores públicos federais: observar as normas legais e regulamentares; e levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo.
O terceiro demitido no Estado, responsável pelo Dnit em Dourados, Carlos Roberto Milhorim, foi enquadrado nos artigos: valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, e corrupção. Em 2006, Milhorim foi acusado de chefiar um esquema de desvio de verbas públicas.