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Política

Deputados se surpreenderam com a demissão de Marcelo Miranda do Dnit

Wendell Reis | 02/01/2012 15:30

Os deputados federais da bancada de Mato Grosso do Sul foram pegos de surpresa com a exoneração do superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), Marcelo Miranda. A opinião é compartilhada tanto por deputados do PMDB, quanto do PT.

O deputado Geraldo Resende (PMDB) lembra que Marcelo Miranda é um bom gestor e seu trabalho a frente do Dnit era tido como referência nacional. O deputado Vander Loubet (PT) também se diz surpreso, tendo em vista que, para ele, Marcelo Miranda realizava um bom trabalho a frente do Departamento.

Vander disse que ainda não sabe as circunstâncias da demissão, mas ouviu dizer que há comentários de que o Governo Federal está optando por deixar funcionários de carreira no comando do Dnit em todo o País. A decisão pode por fim as especulações de quem poderia assumir o cargo.

No começo do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), várias pessoas foram cotadas para assumir o cargo, incluindo o nome do ex-deputado Pedro Teruel (PT). Entretanto, Miranda foi mantido no cargo por meio de um consenso. O deputado Vander Loubet acredita que caso a indicação do substituto seja política, a bancada deve entrar em consenso para escolher o indicado.

Ao ser questionado sobre os cargos que ainda faltam ser trocados, Vander lembra da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), ocupada por Flávio Britto, único que se mantém no cargo na gestão Dilma Roussef. Porém, lembra que os cargos serão escolhidos por consenso. Já Geraldo Resende garante que Britto permanece no cargo, pois o acerto foi feito entre o PMDB e o PT nacional.

Recentemente João Grandão foi indicado para o cargo de delegado federal do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário no Estado). Segundo Vander, há um consenso e Amarildo Cruz (PT) deve assumir o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) até fevereiro.

Marcelo Miranda e seu substituto imediato, Guilherme Alcântara, foram enquadrado por desobedecerem dois artigos da lei sobre deveres dos servidores públicos federais: observar as normas legais e regulamentares e levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo. O engenheiro-chefe do Dnit em Dourados, Carlos Roberto Milhorim, foi exonerado por “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional e corrupção”.

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