'Barraco' envolvendo deputado do MS marca CPMI da JBS no Congresso
O deputado federal sul-mato-grossense Carlos Marun (PMDB) protagonizou com o senador do Amapá, Randolfe Rodrigues (Rede), um verdadeiro "barraco" durante o debate sobre a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS no Congresso.
Entre as ofensas, Marun chamou Randolfe de "vira-lata", sendo rebatido ao ser chamado de "lambe-botas" e "bate-pau de Temer". Tudo aconteceu durante o depoimento do procurador Ângelo Villela.
A confusão começou quando Randolfe questionava Villela sobre conversa gravada pelo procurador em uma reunião do MPF (Ministério Público Federal) e que rendeu a acusação de vazar informações para o frigorífico.
O procurador respondeu que nem seus advogados tinha o áudio, por isso, foi questionado pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que também afirmou que se quisessem ter o áudio, poderiam conseguí-lo com Randolfe.
Randolfe, em seguida, afirmou não ter entendido a provocação e acusou PT e PMDB de formarem uma coalização, citando o relator da CPMI, Carlos Marun, que reagiu e pediu para não ter o nome citado, chamando então o senador do Amapá de vira-lata e iniciando a confusão.
Enquanto isso, o senador tucano Ataídes de Oliveira, de Tocantins e que presidia a sessão, pediu calma e precisou suspender a sessão até que os ânimos se acalmassem e o depoimento de Villela, que ficou 76 dias preso, pudesse voltar a ser feito.
Ele foi denunciado por corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução de Justiça. Hoje, ele afirmou que a delação da JBS foi realizada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot para derrubar Michel Temer (PMDB) da presidência e poder, então indicar quem iria ocupar o cargo a partir de então.