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Política

Base diz que governo foi realista ao prever queda de receita em 2018

Projeto segue em tramitação na Assembleia Legislativa

Leonardo Rocha | 09/05/2017 12:49
Deputados tucanos Rinaldo Modesto e Beto Pereira, durante sessão (Foto: Assessoria/ALMS)
Deputados tucanos Rinaldo Modesto e Beto Pereira, durante sessão (Foto: Assessoria/ALMS)

Os integrantes da base aliada do governo disseram que a gestão tucana foi realista ao fazer uma previsão da queda de receita em R$ 94,6 milhões, para 2018, comparado ao orçamento deste ano. Eles ponderaram que é melhor lidar os números reais da economia, do que "maquiar" a situação financeira.

"O governo resolveu de forma correta apresentar a real situação da economia do Estado, está fazendo a leitura deste momento financeiro, até para que não se crie expectativa errada, sobre os valores disponíveis para o ano que vem", disse o vice-líder do governo, o deputado Beto Pereira, que também é presidente do bloco do PSDB.

O deputado Eduardo Rocha (PMDB) também citou que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) "agiu com responsabilidade", ao não tentar em nenhum momento "maquiar as contas públicas". Ele citou que a crise na arrecadação do gás da Bolívia foi um fator determinante.

"Não podemos esquecer que estamos em uma recessão econômica no Brasil inteiro, por isso é preciso ter muita cautela ao avaliar o cenário financeiro e foi justamente o que o governador fez", disse o peemedebista, que também integra a base de apoio.

Já o deputado Pedro Kemp (PT), integrantes da oposição, preferiu não se manifestar neste primeiro momento sobre o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), assim como a previsão de queda na receita para o ano que vem. "Vou analisar com mais calma o projeto, principalmente os detalhes, para depois se manifestar sobre a posição do governo".

Motivos - O governo estadual justificou que o orçamento previsto em R$ 13,8 bilhões, que tem estimativa de redução de recursos comparado a este ano (R$ 13,9 bilhões), se deve tanto a crise na arrecadação do gás, como no cenário negativo da economia brasileira.

Sobre a estimativa de crescimento da receita a partir de 2019 (8,60%) e depois se estendendo em 2020 (9,54%), o secretário adjunto do Governo, Jader Julianelli, explicou que se trata de uma avaliação de recuperação da economia nacional, nos anos posteriores prevista pelo Banco Central, que também leva em conta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

O projeto da LDO que foi enviado na semana passada, deve ser votado em definitivo, pelos deputados estaduais, no mês de junho na Assembleia, antes do recesso parlamentar do meio do ano. A base alega que todos poderão apresentar emendas e avaliar com calma a matéria, sem qualquer "correria" no seu trâmite.

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