Bernal considera constrangedora votação do impeachment de Dilma no Senado
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), considera constrangedora a votação no Senado que aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade, nessa quarta-feira (31). Ele passou por situação parecida na Capital ao ser cassado pela Câmara Municipal por nove infrações, entre elas, por fazer contratações emergenciais sem justificativa.
“Na minha opinião, o país merece uma nova eleição, para que a população possa escolher o presidente que ela gostaria”, afirmou o gestor durante agenda em uma unidade de saúde no bairro Coophavilla II, quando foram testadas vacinas contra a dengue.
O pepista acrescenta que somente o tempo poderá dizer se o impeachment de Dilma foi bom ou ruim, afinal de contas, ela foi eleita legalmente por 54 milhões de brasileiros. Agora, na visão do prefeito, é preciso trabalhar pela nação, que precisa de harmonia para buscar o desenvolvimento econômico, tomando decisões austeras.
Sobre a relação dele com Temer, disse que será institucional, já que o Executivo Municipal tem que adotar essa postura com os setores de governo, não apenas com a União, mas também nas esferas municipal e estadual.
Retorno – Assim como fez Bernal ao ser cassado, Dilma tenta reverter sua destituição com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal).
O mandado de segurança, conforme o Portal G1, foi distribuído por sorteio para o ministro Teori Zavascki, que será o relator do caso. O pedido original inclui um pedido de decisão liminar (provisória) para suspender os efeitos da decisão desta terça, de modo que o presidente Michel Temer volte a ser interino até uma decisão final do plenário
Além de um novo julgamento, a ex-presidente pede que sejam anulados os dois artigos da Lei 1.079, de 1950, usados pela acusação para imputar crimes de responsabilidade.
Caso local – Bernal voltou a ocupar a chefia do Executivo no dia 25 de agosto de 2015, quando a Justiça julgou improcedente o recurso da Câmara que tentava invalidar uma decisão do juiz David de Oliveira Gomes Filho que já havia determinado a reintegração do pepista ao cargo.
A sentença coincidiu com o afastamento do vice Gilmar Olarte (PROS), também pela Justiça, tendo em vista a suspeita de envolvimento em esquema com vereadores justamente para cassar o prefeito.