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Política

Bernal e desembargador que julgou a seu favor já até fizeram oração juntos

Josemil Arruda | 27/12/2013 15:21
Magistrado João Batista, Arroyo, Bernal, prefeito Renato Rosa e De La Puente (Foto: Facebook)
Magistrado João Batista, Arroyo, Bernal, prefeito Renato Rosa e De La Puente (Foto: Facebook)

Além de ter nomeado o filho do desembargador João Batista da Costa Marques, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJMS), para cargo na Fundação Municipal de Cultura (Fundac), o prefeito Alcides Bernal (PP) tem outras afinidades com o magistrado, já tendo participado de eventos políticos juntos e até mesmo na fé religiosa, ao participaram de uma oração.

Durante evento junto com o prefeito de Bela Vista, Renato Rosa, Bernal e João Batista Costa Marques estavam solidariamente presentes no momento da oração, realizada pelo apresentador De La Puente, conforme revela o jornalista Antônio João Hugo Rodrigues, em foto publicada hoje em sua página na Facebook (www.facebook.com.br/antoniojoão). Também participou do evento o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR).

Na manhã desta sexta-feira, o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Mario Cesar (PMDB), denunciou a “suspeição” do vice-presidente do Tribunal de Justiça por ter julgado recursos do prefeito Alcides Bernal (PP), em razão deste ter nomeado o arquiteto e urbanista Rubens Moraes da Costa Marques, filho do magistrado, para cargo na Fundação Municipal de Cultura.

Em entrevista coletiva à imprensa, Mario Cesar afirmou que vai levar essa suspeita ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tribunal de Justiça do Estado e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS). Está última, aliás, já se manifestou contra a “guerra de liminares” e também pretender propor representação ao CNJ.

Ontem, João Batista da Costa Marques, atual vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, livrou Bernal do processo de cassação duas vezes. De manhã, ele concedeu liminar para suspender o julgamento na Câmara Municipal. À tarde, após a desembargadora Tânia Garcia ter revogado a decisão porque contrariava regimento do Poder Judiciário, João Batista interviu de novo e livrou, pela segunda vez no dia, o prefeito do risco de ser cassado pelo legislativo municipal.

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