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Política

Bolsonaro chega com aprovação recorde, covid galopante e clima eterno de eleição

De Campo Grande a Corumbá, Bolsonaro se faz presente em placas que vão do agradecimento à alusão de morte

Aline dos Santos | 18/08/2020 06:45
Aquidauna e Anastácio agradecem presidente por "cuidar do nosso Estado". (Foto: Marcos Maluf)
Aquidauna e Anastácio agradecem presidente por "cuidar do nosso Estado". (Foto: Marcos Maluf)

Se fosse de Corumbá a Campo Grande por terra, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) veria placas com sua foto exortando que é preciso respeitar o voto da maioria dos brasileiros, outras com números sobre MS e agradecimento popular ou um simples JB 17 no verso de placas de sinalização.

Já os outdoors com crítica, em que seu  rosto se une ao da morte num protesto pelos mais de cem mil brasileiros por covid-19 foram lançados ao chão em Corumbá.

Em Corumbá, placas com críticas ao presidente foram derrubadas. (Foto: Divulgação)
Em Corumbá, placas com críticas ao presidente foram derrubadas. (Foto: Divulgação)

Dois anos após o pleito presidencial, aquela do  “Ele sim” e do “Ele não”, o clima entre críticos e apoiadores é de eterna eleição. Nesta terça-feira (dia 18), Bolsonaro desembarca em Mato Grosso do Sul com recorde de aprovação. No Estado, isso não é novidade.

Se foi vitorioso no Brasil, o cenário em Mato Grosso do Sul mostra que foi a opção do eleitorado em 69 dos 79 municípios. Em Campo Grande, teve 71,27% dos votos. Em Corumbá,   conquistou 57,61% do eleitorado.

A última visita foi em 2017, quando o  então deputado federal Jair Bolsonaro, naquela ocasião em busca de partido, arrastou multidão em Campo Grande, que fez festa para recepcionar o “mito”.

Em Nioaque, onde serviu o Exército, Bolsonaro deixou autoridades de sorriso amarelo diante da exaltação popular. Pessoas madrugaram e pegaram a estrada só para garantir uma foto ao lado do postulante a presidente da República.

Em Nioaque, além de contar que foi em terras sul-mato-grossenses que foi   “encomendado” seu primeiro filho, o então pré-candidato afirmou que não amaciaria o discurso se eleito presidente, afastando qualquer possibilidade de um “Bolsonaro Paz e Amor”.

Na ocasião, durante a encenação da Retirada da Laguna, capítulo da Guerra do Paraguai, Bolsonaro era ladeado pelo deputado campo-grandense Luiz Henrique Mandetta (DEM), que foi escolhido ministro da Saúde, mas foi posto para fora do governo por divergências sobre o isolamento social no combate ao coronavírus e o uso da cloroquina.

No mais famoso episódio, o vírus da pandemia que assola o mundo foi definido pelo presidente como “gripezinha”. Recentemente, se curou da covid-19.

Roteiro – A partir das 10h30, o presidente Jair Bolsonaro inaugura estação de radar de Corumbá. A FAB (Força Aérea Brasileira) assinou, através da Ciscea (Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo), contrato com a Omnisys para o fornecimento e instalação de três estações no Centro-Oeste, todas localizadas em Mato Grosso do Sul.

Logo após o almoço, por volta das 13h30 o presidente deve chegar à Base Aérea de Campo Grande.  Em seguida, parte de helicóptero pra Nioaque, onde está prevista visita à unidade militar do Exército onde Bolsonaro serviu de 1979 a 1981. Do local , o presidente segue até à  Fazenda Engenho 2, em Maracaju, e retorna para Campo Grande.


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