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Política

Campanha eleitoral ganha as ruas com distribuição de santinhos e pedidos de voto

Em MS, as gráficas dizem que recuperaram faturamento com material impresso, apesar das redes sociais

Jhefferson Gamarra, Gabriela Couto e Bruna Marques | 16/08/2022 07:33
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Candidato ao governo, Eduardo Riedel (PSDB) adesivando carro nos primeiros minutos permitidos pela lei eleitoral. (Foto: Saul Saul Schramm)
Candidato ao governo, Eduardo Riedel (PSDB) adesivando carro nos primeiros minutos permitidos pela lei eleitoral. (Foto: Saul Saul Schramm)

A propaganda eleitoral dos candidatos que disputam as eleições de 2022 já pode tomar as ruas. A partir de hoje, está oficialmente liberada a propaganda até 1º de outubro, véspera das eleições. No dia da votação, qualquer ato de propaganda estará proibido, caracterizando crime de boca de urna.

Quem mostrou não perder nenhum segundo deste prazo foi o candidato ao governo do Estado, Eduardo Riedel (PSDB). Nesta madrugada, a 0h01 ele foi para a Avenida Afonso Pena adesivar carros e panfletar ao lado da candidata ao Senado, Tereza Cristina (PP).

Junto com ele, cabos eleitorais já seguiram nas primeiras horas do dia para o compromisso de divulgar a campanha tucana no coração de Campo Grande, no cruzamento da rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena. Cerca de dez cabos eleitorais já entregavam adesivos e panfletos de Riedel.

Dentre as trabalhadoras estava a comerciante Rosane Nely, 54 anos. Mesmo fazendo um tratamento de câncer de mama ela disse que vai trabalhar em prol do candidato 24h. "Há nove meses faço tratamento de câncer. Desde setembro fui diagnosticada, e mesmo assim vou ficar 24h me dedicando à campanha. Se não estiver na rua vou estar na internet divulgando o Riedel", revela.

Ela não quis contar quanto vai receber por seu trabalho. "É um emprego temporário e que ajuda muita gente que espera essa época do ano para uma renda extra", acrescenta. Rosane, no entanto disse que o empenho será maior nesta eleição. "Todo ano que tem eleição eu trabalho de cabo eleitoral, isso já faz 20 anos. Mas nesse ano estou trabalhando com mais gosto, porque acho que Riedel é mais preparado. O único que nunca foi candidato a nada e temos que apostar no novo. Sempre trabalhei para o candidato que eu acredito."

Já quem estava junto e estreando na função de cabo eleitoral era o microempreendedor Max Pissinate, 27 anos. Ele decidiu entrar para campanha política após sofrer os efeitos econômicos decorrentes da pandemia. "Depois da pandemia achei interessante estar por dentro da política. Como microempresário sofri muito com esse abre e fecha. Vindo para a rua é uma forma de fazer tudo mudar. Com o Riedel tudo ficará novo."

Ele afirmou que foi contratado para trabalhar por 6h por dia, mas também não quis revelar o salário. "Vou trabalhar só durante a campanha. É importante ir para a rua para conscientizar as pessoas para que conheçam o candidato."

A reportagem percorreu as ruas da cidade nessas primeiras horas de liberação da campanha, mas só encontrou a equipe do candidato ao governo Eduardo Riedel. No entanto, muito material deve estampar os números dos mais de 530 candidatos a deputado estadual e federal, 6 aos Senado e 8 ao governo estadual.

Liberado - Essa terça-feira é o pontapé para a realização de comícios, propaganda na mídia impressa e na internet, caminhadas, carros com alto-falantes, anúncios em sites e outros atos de campanha eleitoral. Junto com as permissões, está a distribuição de materiais gráficos com os números que irão às urnas, como os santinhos e adesivos para carros.

Diferentemente das eleições anteriores, para o pleito deste ano, representantes do setor gráfico de Mato Grosso do Sul projetam aumento de até 15% na demanda de produtos, com previsão de crescimento na contratação de profissionais temporários para atender a alta procura nesse período.

“Antes, houve uma utilização intensa da internet, com o papel sendo deixado de lado como condutor de informação. Agora, há um equilíbrio, e os políticos estão procurando mais a impressão em papel para divulgar seus feitos e propostas”, pontua Julião Flaves Gaúna, presidente da Abigraf-MS (Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional de Mato Grosso do Sul).

O otimismo com o período é reforçado pelo presidente do Sindigraf-MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul), Altair da Graça Cruz. “A expectativa é das melhores, e já começamos a receber vários pedidos de orçamento. Mesmo sendo uma campanha curta, tenho certeza de que as empresas do setor têm capacidade produtiva de atender a todos os pedidos dentro do prazo”, frisou.

Proibido - Desde 2006, a legislação eleitoral proíbe a distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

Além da distribuição de materiais impressos, os demais tipos de propaganda eleitoral seguem regras determinadas pela Justiça Eleitoral. O horário eleitoral no rádio e na televisão terá início no dia 26 de agosto e vai até o dia 30 de setembro para os cargos que concorrem ao primeiro turno.

Confira abaixo o que é permitido na campanha eleitoral que começa amanhã:

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