Candidatos prometem reformulação do Prodes e parcerias no setor de indústrias

A corrida para a prefeitura de Campo Grande tem como um dos pontos principais de debate o desenvolvimento do setor industrial. A Capital representa 23% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, ou seja R$ 29,4 bilhões. Deste montante, R$ 4,35 bilhões são só da indústria.

Os candidatos apresentam propostas diversificadas, focando na atração de novos investimentos, inovação tecnológica, sustentabilidade e geração de empregos para a cidade que tem 2.621 empresas e 41.387 trabalhadores . Confira as principais propostas de cada um:

Rose Modesto (União Brasil) - A candidata Rose Modesto busca um plano amplo de atração de indústrias e empreendimentos para Campo Grande, com metas alinhadas ao crescimento econômico local. Entre os principais pontos de seu plano, destaca-se a ampliação do Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande), para democratizar os incentivos fiscais e facilitar a expansão de empresas.

A proposta inclui, ainda, a modernização da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio) para agilizar a regularização de produtos e a implementação de um programa de desburocratização, facilitando a abertura de novos negócios.

Rose também aposta no aprimoramento da infraestrutura dos polos industriais, programas de capacitação profissional e incentivo à energia renovável para reduzir custos das indústrias. Sua meta é valorizar empresas locais e atrair novos empreendimentos, estimulando a criação de polos industriais e a competitividade regional com a Rota Bioceânica.

Camila Jara (PT) - Camila Jara apresenta um plano baseado na justiça tributária e na responsabilidade social. Ela defende a criação de uma estrutura tributária que incentive a produção e atraia novas indústrias, ao mesmo tempo em que combate a evasão fiscal e busca a inclusão social. As decisões serão tomadas após a criação de um GT (Grupo de Trabalho) para tomada de decisões.

"É compromisso nosso fazer com que Campo Grande seja uma capital carbono neutro até 2032 e precisamos do setor industrial junto para o cumprimento dessa meta. Campo Grande pode, sim, ser o novo vale do silício das indústrias de sustentabilidade”, explica.

Além disso, sua proposta inclui o incentivo à pesquisa e inovação tecnológica, visando a diversificação da economia, com foco na Rota Bioceânica e em novas oportunidades de mercado. Camila também quer fortalecer a agricultura sustentável e as cadeias produtivas locais, promovendo parcerias entre o setor produtivo e universidades para fomentar a inovação.

Adriane Lopes (PP) -Adriane Lopes propõe rever a política de fomento empresarial, visando o desenvolvimento econômico e a produção industrial sustentável. Ela sugere uma reformulação no Programa Prodes, para torná-lo mais eficiente e compatível com a nova reforma tributária, focando na inovação tecnológica e práticas empresariais sustentáveis. Adriane defende a simplificação dos incentivos e a criação de um ambiente favorável tanto para empresas existentes quanto para novos empreendimentos.

Beto Figueiró (Novo) - Beto Figueiró coloca a indústria criativa e a inovação no centro de seu plano de governo. Ele propõe transformar a cultura em um motor de desenvolvimento econômico, promovendo o turismo cultural e desburocratizando processos para atrair novos investimentos no setor. Sua proposta visa incentivar um modelo de co-working de eventos e atrações culturais, ampliando as oportunidades para os setores criativos e impulsionando a inovação.

Beto Pereira (PSDB) - O candidato Beto Pereira aposta na pesquisa científica e na inovação tecnológica como pilares para o desenvolvimento industrial. Ele sugere a reformulação do Prodes, visando torná-lo mais ágil e transparente, além de promover uma política proativa de atração de investimentos. Beto também propõe transformar Campo Grande em um hub de serviços para atender à Rota Bioceânica, ampliar a infraestrutura dos polos industriais e fortalecer os pequenos negócios, tanto no centro quanto nos bairros da cidade.

Cada candidato oferece uma visão particular para o desenvolvimento industrial de Campo Grande, priorizando desde o fortalecimento das cadeias produtivas locais até a inovação tecnológica e a desburocratização. O setor industrial, portanto, será um dos grandes campos de disputa nas eleições, com propostas que visam impulsionar a economia da capital sul-mato-grossense de diferentes formas.

Ubirajara Martins (DC) - apresenta um plano ambicioso para transformar Campo Grande em um polo industrial competitivo e sustentável, com o objetivo de diversificar a economia local e atrair novos investimentos. Sua principal proposta, o Prodin (Programa de Desenvolvimento Industrial de Campo Grande), visa criar um ambiente favorável para a instalação de indústrias na capital de Mato Grosso do Sul.

A ideia é oferecer incentivos fiscais e financeiros competitivos para empresas que desejam se estabelecer na cidade, com foco especial em setores estratégicos como tecnologia, agroindústria e sustentabilidade. Martins também propõe o desenvolvimento de infraestrutura adequada para apoiar o crescimento industrial, melhorando áreas como logística, transporte e saneamento.

Além disso, o candidato planeja simplificar os processos de licenciamento e aprovação, reduzindo a burocracia e agilizando a instalação de novas indústrias, tornando Campo Grande um destino atrativo para investimentos industriais. Outro ponto importante de sua proposta é a promoção ativa da cidade como um polo industrial em eventos do setor, com campanhas de marketing voltadas para atrair empresas interessadas em expandir suas operações.

Os candidatos Jorge Batista (PCO) e Luso de Queiroz (PSOL) não apresentaram propostas para o setor em seus planos de governo no sistema da Justiça Eleitoral.

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