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Política

Candidatos propõem volta de evento, ocupação de prédios e festivais para cultura

Parceria público-privada também é alternativa para alguns dos postulantes à Prefeitura de Campo Grande

Por Fernanda Palheta | 01/10/2024 11:05
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
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O fomento à cultura é um desafio para as gestões municipais, desde a destinação de recursos para artistas locais por meio de editais até a consolidação de eventos e ocupação de espaços públicos.

Muitas ações começam e terminam a cada eleição, ou antes como foi o caso da interdição da Rua 14 de Julho. Sem planejamento, o projeto para apoiar a vida noturna e aumentar a segurança no local durou apenas um mês e terminou após reclamação dos bares e restaurantes do local.

A volta de eventos tradicionais, ocupações de prédios que estão desocupados e criação de festivais e circuitos culturais são algumas das propostas dos candidatos à prefeitura para a cultura de Campo Grande.

Adriane Lopes (PP) - A prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP) promete “continuar apoiando projetos culturais de artistas locais e fomentar eventos e manifestações artísticas em todas as regiões da cidade”. Em seu plano de governo, ela apresenta como proposta dar continuidade à realização de grandes eventos na cidade, como o Festival de Arte e Cultura de Campo Grande.

A candidata do PP ainda pretende criar novos espaços culturais com a inauguração da Casa de Cultura e Turismo de Campo Grande, que será no edifício histórico Melo e Cáceres na Av. Afonso Pena, além de retomar espaços que já foram palco cultural com a restauração e consolidação da Morada dos Baís, a requalificação das estruturas do Armazém e da Plataforma Cultural e a revitalização do Teatro do Paço José Otávio Guizzo.

Adriane também traz em seu plano de governo a promessa de criar e equipar o Sambódromo de Campo Grande na Praça do Papa, implantar o “Museu Arte de Rua” na Avenida Calógeras entre a Rua Antônio Maria Coelho e a Avenida Mato Grosso. “Esse projeto será um local de exposição e arte permanentes para artistas locais, a partir de uma curadoria temática, contribuindo para a revitalização da área central de Campo Grande”, detalha.

Ela ainda promete criar um museu a céu aberto na Esplanada Ferroviária, um espaço que será dedicado para as culturas e os países que colonizaram Campo Grande, como a japonesa, a árabe e a paraguaia.

Beto Figueiró (Novo) - O advogado e candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Figueiró acredita que parcerias com setor privado podem ser o caminho para cultura. Em seu plano de governo, o candidato do Novo traz como proposta a concessão do Armazém Cultural.

Segundo ele, o objetivo é “criar um ambiente cultural, com exposições artísticas, convivência, que mescle amplo espaço para a manifestação cultural, com restaurantes, bares e serviços ligados as atividades artístico cultural”. Outro local tradicional de Campo Grande que poderá ser cedida para a iniciativa privada é o Mercado Municipal.

Figueiró ainda promete viabilizar recurso junto ao Ministério da Cultura, para reformar a Morada dos Baís e o Museu José Antônio Pereira. Além de revitalizar a Praça do Papa, Feira da Bolívia e reestruturar o camelódromo.

Em seu plano de governo ele ainda promete medidas preservação da cultura dos povos indígenas e quilombolas, como realizar festivais e eventos culturais específicos e a criação centros culturais nas comunidades indígenas e quilombolas.

Beto Pereira (PSDB) - O deputado federal e candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), aposta na volta de eventos tracionais e que fizeram história na Capital como a “Noite da Seresta” e a “Quinta Gospel”, na Praça do Rádio. O tucano também promete revitalizar o Horto Florestal para realização de eventos clássicos como o carnaval e o “Só Rock no Horto”.

Beto promete criar novos eventos como o Festival de Canto e Música, com o objetivo de revelar novos talentos e festivais itinerantes como o “Arte na Periferia”, para levar ações culturais para os bairros. Além de transformar a Esplanada Ferroviária num polo de formação e apresentações culturais e abrigar novos festivais.

O tucano também quer buscar parcerias para uso de prédios públicos localizados no Centro e transformá-los em espaços culturais e investir na infraestrutura do Armazém Cultural, melhorando a acústica, a climatização e promovendo sua transformação num hub para eventos e feiras.

Em seu plano de governo, Beto ainda inclui a promessa de "fazer valer o 1% da Cultura previsto na Lei Municipal de Incentivo".

Camila Jara (PT) - A deputada federal e candidata à prefeita de Campo Grande, Camila Jara (PT) abre suas propostas para o setor prometendo incentivar a “cultura da e na periferia” criando circuitos culturais nas regiões periféricas, além de espaços e equipamentos culturais nessas regiões.

A petista coloca o carnaval campo-grandense como uma das prioridades e propõe a implementação da Cidade do Samba com a construção do sambódromo, além de incentivo às escolas de samba e aos blocos independentes.

Camila também traz em seu plano de governo a promessa de oferecer condições especiais, subsídios ou outras formas de incentivo para os bares, empresas e eventos culturais com o objetivo de incentivar à ocupação de áreas “desertificadas”, além de roteiros gastronômicos e de bares, e incentivo à contratação de artistas.

Jara ainda promete realizar circuitos culturais nas escolas e centros comunitários para ampliar o acesso da população às exibições de cinema nacional e local, espetáculos de teatro, dança, circo e música.

Luso de Queiroz (PSOL) - O comerciante e candidato a prefeito de Campo Grande, Luso de Queiroz (PSOL) também aposta em festivais para fomentar o cenário cultural de Campo Grande. Para isso, ele propõe expandir os festivais culturais que já ocorrem na cidade, incluindo um mínimo de 25% de apresentações de grupos da região.

Para ampliar o alcance, ele quer que os festivais que tenham subsídios da prefeitura, tenham como contrapartida a realização de uma ação formativa e/ou apresentação artística e realização de rodas de partilha do segmento em sua programação.

Luso também apresenta como proposta a ocupação de espaços públicos ociosos ou pouco utilizados, para que artistas independentes, grupos, companhias, coletivos, entre outros possam realizar ensaios de espetáculos de dança em fase de criação, montagem ou apresentação.

Ele ainda defende que o Carnaval e outras festas tradicionais sejam realizados pela prefeitura, garantindo a organização e segurança dos eventos.

Rose Modesto (União Brasil) - A ex-superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste e a candidata à prefeita, Rose Modesto (União Brasil) pretende fazer um levantamento de espaços que sediaram ações continuadas de arte e cultura e estão inativos, seja de iniciativa da sociedade civil, governos ou projetos independentes.

Rose também propõe apoiar e realizar festivais e eventos culturais, esportivos, gastronômicos, artísticos e de negócios que atraiam turistas e promovam a cultura local.

Ela ainda promete contemplar eventos itinerantes de arte, lazer e economia criativa nas sete regiões da Capital e nos dois distritos. O objetivo, segundo ela em seu plano de governo, é fomentar música, dança, artesanato, audiovisual, literatura, cultura de rua, moda e design.

Ubirajara Martins (DC) – As principais propostas para a cultura do advogado e candidato a prefeito de Campo Grande, Ubirajara Martins (DC) são voltadas para a acessibilidade. Em seu plano de governo, ele afirma que vai garantir que eventos culturais, esportivos e de lazer sejam acessíveis a todos os cidadãos e que pessoas com deficiência participem dos eventos culturais e de lazer.

O candidato do DC ainda promete construir e revitalizar centros culturais, bibliotecas e espaços de lazer, promovendo atividades culturais e esportivas para todas as idades e implementação de programas culturais e esportivos gratuitos, como aulas de música, dança, teatro e esportes variados.

O candidato Jorge Batista (PCO) não apresentou propostas para o setor em seu plano de governo no sistema da Justiça Eleitoral.

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