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Política

Todos os 7 candidatos a prefeito de Campo Grande prometem acabar com as favelas

Enquanto alguns focam em fortalecer programas já existentes, outros trazem propostas inovadoras

Por Gabriela Couto | 30/09/2024 16:06
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Barracos em meio a lama após a passagem da chuva na Favela da Esperança (Foto: Arquivo/Alex Machado)
Barracos em meio a lama após a passagem da chuva na Favela da Esperança (Foto: Arquivo/Alex Machado)

Em meio ao crescente desafio da regularização fundiária e desfavelização em Campo Grande, os candidatos à prefeitura da Capital apresentam propostas ambiciosas para garantir moradia digna e infraestrutura adequada às famílias em situação de vulnerabilidade.

A cidade, que conta com 55 favelas, segundo a Central Única de Favelas (CUFA), tem no centro do debate eleitoral a busca por soluções eficazes para esse problema crônico. Confira as principais propostas dos candidatos.

Adriane Lopes (PP) - A atual prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes, aposta na continuidade das políticas habitacionais que já vem implementando. Segundo ela, nos últimos anos foram entregues 1.940 novas moradias e regularizados mais de sete mil lotes, promovendo segurança jurídica e dignidade a milhares de famílias. Além de priorizar a regularização fundiária, Adriane propõe urbanizar áreas vulneráveis, garantindo acesso à infraestrutura básica como saneamento, energia e pavimentação.

A candidata destaca, ainda, a importância da capacitação e geração de renda, com programas como a Sala do Empreendedor e a Escola de Empreendedorismo. Para as famílias que enfrentam dificuldades com aluguel, o programa de aluguel social tem sido uma solução temporária até que novas oportunidades sejam criadas. Adriane promete expandir essas iniciativas, integrando as políticas habitacionais com a promoção de desenvolvimento econômico sustentável.

Camila Jara (PT) - Camila Jara propõe a retomada das construções habitacionais pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em parceria com o governo federal. Segundo a candidata, mais de 25 mil moradias foram entregues em Campo Grande pelo programa e a meta é continuar essa expansão. Para além da construção de novas unidades, Jara promete regularizar terrenos ocupados de forma precária, com processos justos e rápidos de desapropriação, quando necessário.

Jara também defende a implementação do IPTU Progressivo no Tempo, como forma de reduzir os vazios urbanos e garantir o uso adequado desses terrenos para projetos de moradia popular e desenvolvimento sustentável. A candidata reforça que a sua gestão terá uma visão voltada para o desenvolvimento sustentável, articulando políticas inclusivas que possam tornar Campo Grande um modelo de qualidade de vida.

Restos da favela do Mandela após o incêndio que atingiu a comunidade no ano passado (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Restos da favela do Mandela após o incêndio que atingiu a comunidade no ano passado (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Rose Modesto (União) -  A candidata Rose Modesto apresenta o projeto Sai da Lona, que visa a construção de quatro mil unidades habitacionais para pessoas em situação de vulnerabilidade. Essas casas, de 25 metros quadrados, serão entregues com infraestrutura completa, incluindo água, esgoto e energia, além de isenção de IPTU. O projeto será financiado por meio de recursos oriundos da desvinculação de receitas da emenda constitucional 132/2023.

Rose também defende a regularização fundiária nos casos em que a lei permite e propõe o monitoramento da população em situação de vulnerabilidade, com assistência social, saúde e programas de inserção no mercado de trabalho. O objetivo é não só garantir moradia, mas promover a inclusão produtiva das pessoas mais afetadas pela pobreza.

Beto Pereira (PSDB) - O candidato Beto Pereira alinha suas propostas àquelas do governo federal, com foco no programa Minha Casa, Minha Vida. Ele promete construir novas moradias e garantir a regularização fundiária das ocupações irregulares. Para isso, Beto pretende fortalecer parcerias público-privadas e agilizar processos de desapropriação quando necessário.

Além disso, Beto Pereira propõe regulamentar o IPTU Progressivo no Tempo para evitar a expansão desnecessária do perímetro urbano, promovendo o uso sustentável de terrenos ociosos. Entre seus planos, estão também a melhoria da infraestrutura nas áreas habitacionais e a integração com serviços públicos essenciais.

Morador arruma lonas em barraco da favela do bairro Dom Antônio Barbosa (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Morador arruma lonas em barraco da favela do bairro Dom Antônio Barbosa (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Luso de Queiroz (PSOL) - Luso de Queiroz traz uma proposta inovadora com a criação de pelotões de obras que construiriam casas utilizando materiais sustentáveis, como o tijolo ecológico. Seu compromisso é zerar a fila da Empresa Municipal de Habitação (EMHA), garantindo que todas as famílias tenham acesso a uma moradia digna.

Ubirajara Martins (DC) -Ubirajara Martins defende a criação de um Banco de Terras Municipal, inspirado em experiências de sucesso como a de Curitiba. O objetivo é utilizar terrenos ociosos para a construção de moradias populares e promover a regularização fundiária em áreas ocupadas. A proposta prevê parcerias com o setor privado e ONGs para maximizar o impacto das políticas habitacionais.

Beto Figueiró (Novo) - Beto Figueiró aposta em um planejamento urbano sustentável e inclusivo. Sua proposta é expandir os programas habitacionais, legalizar lotes irregulares em parceria com o Tribunal de Justiça e melhorar a infraestrutura urbana nas áreas de maior vulnerabilidade. O candidato também sugere a promoção de práticas de construção sustentável, ampliando o acesso aos serviços públicos essenciais e garantindo moradia digna para todos.

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