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Política

Caravana de MS engrossa torcida do PT no 1° depoimento de Lula a Moro

Pelo menos 50 militantes do Partido dos Trabalhadores estão em Curitiba participando em atos de apoio ao ex-presidente

Richelieu de Carlo | 10/05/2017 12:10
Militantes sul-mato-grossenses do Partido dos Trabalhadores em praça no Centro de Curitiba. (Foto: Direto das Ruas)
Militantes sul-mato-grossenses do Partido dos Trabalhadores em praça no Centro de Curitiba. (Foto: Direto das Ruas)

Pelo menos 50 militantes sul-mato-grossenses que foram a Curitiba (PR), em um ônibus fretado pelo PT (Partido dos Trabalhadores), já estão na capital paranaense e participam dos atos em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que presta depoimento, nesta quarta-feira (10), ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal, encarregado da Operação Lava Jato.

Os manifestantes estão concentrados na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, onde foi montado um palco em que acontecem diversos shows e eventos culturais. A expectativa é ficarem no local até o fim do depoimento de Lula, previsto para terminar às 18h (DF). Após a acareação, o ex-presidente deve ir ao encontro dos militantes. Também é esperada a presença de Dilma Rousseff.

Na capital paranaense para participação de um congresso, a jornalista Karina Vilas Boas acompanha a movimentação. “No momento deve ter umas 30 mil pessoas aqui, mas a cada minuto chegam cada vez mais. Aqui está havendo vários shows, de vários artistas, desde às 8h (DF) de hoje, mas ontem já teve manifestação”, relata. “Estamos aqui em defesa da democracia."

Apesar de contar com diversos filiados e simpatizantes petistas de todo o País, não há registro da presença de políticos sul-mato-grossenses. Por volta das 9h, cerca de 50 militantes da base do PT no Estado chegaram a Curitiba para participar das manifestações.

O ato está sendo promovido pelo PT nacional e do estado do Paraná, além de movimentos sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), e sociais, como o MST (Movimento dos Sem Terra).

Conta também com a presença do presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação de MS), Roberto Botareli, e integrantes de sindicatos locais. 

Confronto – O esperado confronto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro está previsto para começar às 13h (MS), e será o primeiro depoimento pessoalmente entre ambos.

O ex-presidente chegou a Curitiba, nesta quarta-feira (10), para depor ao juiz Sergio Moro em audiência da Operação Lava Jato, por volta das 9h20 (MS), a bordo de um jatinho. Conforme o jornal O Globo, a aeronave pertence a empresa de Walfrido dos Mares Guia, ex-ministro de Lula e envolvido em esquema de mensalão em Minas Gerais.

Amigo pessoal do petista, o ex-ministro das Relações Institucionais e do Turismo foi acusado de peculato e lavagem de dinheiro no escândalo conhecido como Mensalão Mineiro, em 1998. Walfrido havia sido denunciado por sua participação na campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais.

Após depoimento, Lula vai ao encontro dos militantes reunidos na Praça Santos de Andrade, no Centro da capital paranaense.

Manifestantes ocupam praça à espera do ex-presidente Lula. (Foto: Direto das Ruas)
Manifestantes ocupam praça à espera do ex-presidente Lula. (Foto: Direto das Ruas)

Triplex - Neste processo, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria beneficiada em contratos com a Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a OAS destinou ao ex-presidente um apartamento triplex, em Guarujá (SP), fez reformas neste mesmo imóvel e também pagou a guarda de bens de Lula em um depósito da transportadora Granero.

O MPF denunciou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 14 de setembro 2016. Seis dias depois, a Justiça aceitou a denúncia, e Lula e outras sete pessoas viraram réus (veja a lista completa). Entre eles, estava a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro deste ano.

Desde que foi denunciado, Lula tem negado o recebimento de propinas e o favorecimento da OAS na Petrobras. A defesa diz que o MPF não tem provas que sustentem a denúncia.

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