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Política

Com 12 na lista de pré-candidatos, Coffee Break fica para depois da eleição

Aline dos Santos | 03/08/2016 12:58
Justiça, representada por estátua,pediu antecedentes criminais de denunciados. (Foto: Alcides Neto)
Justiça, representada por estátua,pediu antecedentes criminais de denunciados. (Foto: Alcides Neto)

Com 12 dos 24 denunciados na lista de pré-candidatos à Câmara Municipal, a operação Coffee Break só deve ter definição sobre quem se tornará réu após as Eleições 2016, marcada para 2 de outubro.

“Dificilmente será antes de outubro, tem acusados que não foram notificados, o Ministério Público Estadual terá que se manifestar sobre todo o conteúdo da defesa, depois volta para o gabinete do desembargador, que deve levar dois meses para estudar as mais de 10 mil páginas”, afirma o advogado André Borges.

Somente após o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, relator do processo, elaborar o voto é que a Seção Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça) se reúne para decidir sobre o recebimento da denúncia. A reportagem solicitou informação à assessoria de imprensa do tribunal sobre prazo do processo.

A Coffee Break denuncia associação criminosa e corrupção (ativa e passiva) no processo em que a Câmara Municipal cassou o mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O procedimento investigatório criminal foi apresentado pelo Ministério Público em junho deste ano. A operaçao foi realizada em agosto de 2015 e afastou o então prefeito Gilmar Olarte (Pros).

Dos 14 vereadores renunciados, 12 devem ser candidatos à reeleição: Airton Saraiva (DEM); Flávio César (PSDB); Edil Albuquerque (PTB); Carlos Augusto Borges (Carlão), do PSB; Edson Shimabukuro (PTB); Gilmar da Cruz (PRB); Eduardo Romero (Rede); Jamal Salém (PR); João Rocha (PSDB); Otávio Trad (PTB); Paulo Siufi (PMDB) e Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PTB).

Mario Cesar (PMDB) declarou que não será candidato e Alceu Bueno renunciou ao mandato após denúncia de exploração sexual de adolescentes.

O processo tem mais de 16 mil páginas e a Justiça solicitou os antecedentes criminais dos 24 denunciados. “É de praxe juntar os antecedentes. Quer saber quem é ficha limpa e ficha suja”, afirma Borges, que defende Otávio Trad.

Atualmente, o procedimento está na etapa de defesa prévia. O prazo foi dilatado no mês passado e os advogados do empresário João Amorim cobram a anexação de mídias.

Núcleos – Na esfera de associação criminosa, os denunciados são: Gilmar Olarte, João Amorim (empreiteiro), João Baird (empresário), Mario Cesar (vereador), Fábio Machinsky (empresário), Airton Saraiva (vereador), Flávio César (vereador), André Puccinelli (ex-governador), Nelson Trad Filho (ex-prefeito), Luiz Pedro Guimarães (empresário), Raimundo Nonato de Carvalho (empresário), André Scaff (procurador da Câmara) e Carlos Naegele (empresário).

Na corrupção ativa, foram denunciados: Gilmar Olarte, João Amorim, João Baird, Mario Cesar, Fábio Machinsky, Airton Saraiva e Flávio César. Na corrupção passiva, a denúncia é contra 11 vereadores: Edil Albuquerque, Carlos Augusto Borges (Carlão), Edson Shimabukuro, Gilmar da Cruz, Eduardo Romero, Jamal Salém, João Rocha, Alceu Bueno, Otávio Trad, Paulo Siufi e Waldecy Batista Nunes, o Chocolate.

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