Com aprovação de federação partidária, PT e PV formarão chapa ao governo de MS
Partido petista garante que não abrirá mão da cabeça de chapa e deverá ter candidato do PV como vice
Os diretórios nacionais do PT, PV e PCdoB aprovaram nesta quarta-feira (13), a criação de uma federação partidária para as eleições deste ano. O modelo inédito nas eleições brasileiras, formada por partidos que têm afinidade programática tem como objetivo permitir que as legendas caminhem de forma unificada em todo o país.
Com o acordo nacional, Mato Grosso do Sul deverá ter uma candidatura ao Governo do Estado formada por Giselle Marques (PT) e Marcelo Bluma (PV), tendo em vista que ambos foram confirmados pelas respectivas siglas como pré-candidatos.
O nome da advogada Giselle Marques, foi confirmado na tarde de ontem (12), em reunião no diretório estadual do PT como pré-candidata ao governo. Mesmo criação da federação partidária, a petista garantiu que o partido não abrirá mão da cabeça de chapa e nome do vice ao governo será decidido em consenso com os demais partidos.
“Estamos conversando sobre a federação partidária, mas não vamos abrir mão da cabeça de chapa. Ainda temos a vice, senado para negociação, tem muito espaço dentro do partido. A coletiva de ontem foi justamente para consolidar a pré-candidatura ao governo. A vice ainda está aberta ao PV e ao PCdoB. Com certeza vamos caminhar junto com os partidos da federação, estamos conversando com todo mundo, todos que quiserem caminhar com Lula em Mato Grosso do Sul serão bem-vindos”, frisou pré-candidata petista.
Membros do PV apostavam em uma possível candidatura do ex-governador José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, representando a federação, pesando justamente na possibilidade de transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a impossibilidade de o ex-governador petista ser candidato, o partido lançou a pré-candidatura do engenheiro e ex-vereador de Campo Grande, Marcelo Bluma ao governo.
“Com a retirada do Zeca, o PT apresentou a pré-candidatura da advogada Giselle Marques e o PV apresentou o meu nome. Agora, a partir da formalização da federação, os três partidos deverão ser reunir para chegar a um consenso sobre o nome que encabeçará a chapa. Eu, particularmente, entendo que não haverá dificuldade para se chegar a esse consenso e o nome que for melhor para representar a federação deverá ser o escolhido”, disse Marcelo Bluma em tom pacificador.
Um reunião entre os presidentes estaduais do PT, PV, PCdoB será realizada para estabelecer uma agenda de trabalho e chegar em um consenso em torno de um nome que representará a federação em Mato Grosso do Sul.
Regras - Nesse novo arranjo eleitoral, os partidos selam uma união por pelo menos quatro anos, e passam a funcionar como uma única legenda no Congresso , dividindo fundo partidário e tempo de televisão. De acordo como TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os partidos ds federações poderão se unir para apoiar qualquer cargo, desde que assim permaneçam durante todo o mandato a ser conquistado, tanto para cargos majoritários quanto para proporcionais.
As federações se equiparam aos partidos políticos em direitos e deveres e devem possuir um estatuto próprio, com regras sobre fidelidade partidária e sanções a parlamentares que não cumprirem orientação de votação.
Na mesma esteira – Assim como os partidos voltados à esquerda, uma nova federação partidária deve ser formada para a disputa eleitoral deste ano. Os presidentes dos partidos União Brasil, PSDB e MDB devem se encontrar amanhã para decidir uma candidatura única de federação partidária.
Os presidentes nacionais Luciano Bivar (União Brasil), Bruno Araújo (PSDB) e Baleia Rossi (MDB) têm trabalhado nessa alternativa para viabilizar uma candidatura, chamada de “terceira via”, à Presidência da República.
Caso a federação se concretize, o União Brasil deverá ficar com a vaga de vice, indicando o presidente Luciano Bivar como pré-candidato na chapa encabeçada por Simone Tebet, deixando de fora os tucanos João Dória, Eduardo Leite e o ex-ministro Sérgio Moro (União).