Com desistência de dois vereadores, CPI da Folia não vinga na Câmara
Com a desistência de dois vereadores, não vingou na Câmara a CPI (Comissão Parlamentar de Inquerito) da Folia, que iria investigar suposto superfaturamento na contração de artistas para o Carnaval deste ano em Campo Grande.
Com a desistência dos vereadores Delei Penheiro (PSC) e Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, não foi alcançado o número mínimo de assinaturas exigidos para abertura da CPI, que é de 10 assinaturas. Antes, com o apoio dos três desistentes, a CPI tinha um total de 11 parlamentares favoráveis.
Carlão justificou sua desistência alegando que se fosse aberta, a CPI teria cunho político desnecessário, uma vez que a casa já saiu de um processo similar que resultou na cassação do ex-prefeito Alcides Bernal. “ O momento não é oportuno para uma investigação já iniciada junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado”, afirmou.
Vanderlei Cabeludo, que não assinou o documento para abertura da comissão, manifestou-se e disse que e era necessário “ deixar o Ministério Público fazer o seu trabalho”.
Já Delei Pinheiro ao se justificar causou uma insatisfação nos proponentes da CPI: Chiquinho Telles e Paulo Siufi. Declarou que não havia sido convencido com provas sobre a necessidade da abertura da comissão.
O líder do prefeito na Câmara João Rocha chegou a recomendar aos vereadores cautela quanto ao tema relatando que o executivo já tomou todas as medidas necessárias para que a investigação seja realizada e ao mesmo tempo as falhas, como o não pagamento de R$ 140 mil a artistas locais, possam ser sanadas.
Chiquiniho Teles disse que mesmo que a CPI não seja aberta irá chamar para sí a responsabilidade de continuar investigando a contratação, por exemplo, do grupo do Terra Samba por R$ 231 mil e a intermediação da empresa Eco Vida Prestadora de Serviços Ltda como “atravessadora do processo de contratação de artistas”.
“A CPI não prejudicaria em nada os trabalhos na fundação (Fundac - Fundação Municipal de Cultura), mas causa preocupação como os contratos foram feitos não apenas no periodo do Carnaval”. Ele falou que a comissão de cultura irá avaliar a empresa que “plantava grama” e recebeu num prazo de 65 dias um R$ 1,5 milhão da Fundac.
Siufi falou que o Ministério Público que vai ter provar as irregulares que houveram e foram constatadas por auditoria na Fundac. “ Não abrir a CPI faz parte do jogo político, agora falar que não tem prova substancial isso não existe”, contestou.
(Matéria editada para correção de informação)