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Política

Com “perseguição política” de Bernal, Olarte tenta barrar expulsão em Brasília

Josemil Arruda | 21/01/2014 17:10
Gilmar Olarte já ingressou com defesa para tentar evitar expulsão (Foto: arquivo)
Gilmar Olarte já ingressou com defesa para tentar evitar expulsão (Foto: arquivo)

O vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, está em Brasília, fazendo contatos políticos com a direção nacional de seu partido, o PP, a fim de evitar a expulsão que começa a ser providenciada em Mato Grosso do Sul, onde a legenda é comandada pelo prefeito Alcides Bernal.

Olarte está acompanhado de seu advogado, Rodrigo Pimentel, que na última sexta-feira (17) ingressou com defesa preliminar na Comissão Provisória do PP de Campo Grande, em resposta a uma representação que pede sua expulsão. Nessa defesa, o vice-prefeito alega que “claro é o intuito de perseguição política” na representação.

“Estamos em contato com a nacional, para acabar com essas dúvidas. Não houve qualquer tipo de ação minha contra o prefeito. Estamos quietos. Não tenho nem dado entrevista. Ele tem a tranqüilidade para tocar a cidade, afinal ele próprio me excluiu da administração. O resto é fantasia”, afirmou Olarte nesta terça-feira.

Segundo o advogado de Olarte, a Comissão Provisória do PP “não tem legitimidade para estar processando” o vice-prefeito da Capital. “O PP tem Comissão Provisória e quem a institui é a nacional, que põe o presidente. Essa comissão só tem duas funções, indicar candidatos e montar o diretório estadual. O prefeito Alcides Bernal, que é o presidente do partido, está o dirigindo como se diretório fosse, mas na realidade não é”, apontou o causídico Rodrigo Pimentel.

“Dentro do estatuto do PP está claro que Comissão Provisória não tem legitimidade para processar e julgar membro do partido”, acrescentou Pimentel, que também é advogado do vereador Waldecy Chocolate, que foi expulso do PP neste começo de janeiro.

Apesar da crise que se instalou no PP de Mato Grosso do Sul, Gilmar Olarte garante que “politicamente” está muito tranquilo. “Sou do PP. Não vamos de maneira nenhuma externar uma questão que é interna corporis. Não entendo porque o prefeito expõe isso. Não houve nenhum tipo de infração de minha parte. Ele está equivocado. Esperamos que esses equívocos sejam dirimidos”, declarou.

Resposta contra expulsão – Na resposta protocolada na sexta-feira passada, o vice-prefeito Gilmar Olarte diz que o pedido de expulsão é frágil, sem provas. “Na presente representação pretende o autor, punir o requerido com sanção disciplinar, por conta de supostos atos praticado pelo mesmo, sem qualquer comprovação cabal contida nos autos, com base apenas em testemunhos e juntada de matérias sensacionalistas”, alegou na defesa.

Os dirigentes do PP que ingressaram com a representação contra Olarte são da base partidária do Município de Sidrolândia e relataram que o vice-prefeito vinha agindo de forma contrária ao que preceitua o Estatuto do PP, no que tange ao comportamento ético e moral. Afirmaram que em encontros casuais, Olarte dizia algumas frases que afrontavam a imagem e a moral do prefeito Alcides Bernal.

“Tal denúncia contra o requerido mostra-se totalmente infundada, porquanto inverídicas tais comentários”, afirmo advogado de Gilmar Olarte, na defesa. “Certamente nesses encontros narrados na denúncia, o requerido disse uma coisa, que foi interpretado de outra forma”, garantiu.

Jamais, segundo a defesa, o requerido iria ficar denegrindo a imagem do seu aliado político, pois venceram a eleição juntos e de forma alguma ficaria dizendo frases como “faltam poucos dias para o Prefeito ser cassado”. Ainda conforme o advogado, dizem que a atitude de Olarte fere o que prevê o Estatuto do partido, “porém sequer indicaram qual o Princípio ou norma violada e a sanção que poderia ser determinada pela Comissão de Ética”.

A Comissão Provisória do PP no Estado, conforme a defesa de Olarte, “há tempos vem atuando de forma irregular, pois as mesmas somente servem para eleger os Diretórios Estaduais e Municipais. Incompetente, portanto a atual Comissão Provisória Estadual do PP para dirimir e processar qualquer processo administrativo dos filiados do Partido”.

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