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Política

Comitê do governo pede na 4ª para compartilhar provas e apurar desvio

Aline dos Santos | 06/06/2016 11:51
PF fez apreensões de contratos na Secretaria de Infraestrutura nas duas etapas da operação. (Foto: Marcos Ermínio)
PF fez apreensões de contratos na Secretaria de Infraestrutura nas duas etapas da operação. (Foto: Marcos Ermínio)
O comitê  de apuração é coordenado por Felipe Mattos. (Foto: Chico Ribeiro)
O comitê de apuração é coordenado por Felipe Mattos. (Foto: Chico Ribeiro)

O governo do Estado vai pedir na próxima quarta-feira (dia 8) compartilhamento de provas da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal). A decisão é do Comitê Estadual Temporário de Apuração de Denúncias, que foi criado no dia 2 de junho, e o pedido de compartilhamento será formalizado pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado).

De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria de Governo, a administração quer informações mais precisas sobre a investigação para levantamento sobre as obras suspeitas e definição de futuros encaminhamentos. A solicitação será feita à Justiça Federal e órgãos de controle.

O comitê apura as denúncias de desvio de dinheiro público em obras, principalmente rodovias, e contratos de livros didáticos. As suspeitas surgiram com as duas fases da operação Lama Asfáltica, que aponta prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres públicos. A primeira fase foi realizada em 9 de julho de 2015.

A segunda etapa, batizada de Fazendas da Lama, foi deflagrada em 10 de maio deste ano, com foco em crime de lavagem de dinheiro . O alvo é um esquema de superfaturamento envolvendo empresas, servidores estaduais e parte da cúpula da ex-gestão estadual.

Na segunda fase, dentro dos R$ 33 milhões com suspeita de desvio, estão contratos para manutenção de estradas pavimentadas e não pavimentadas na região de Campo Grande; dois lotes na MS-040 (que teve recurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); e compra de livros didáticos. No caso dos livros, os contratos eram de R$ 29 milhões, com desvio de R$ 13 milhões.

A força-tarefa do governo do Estado será responsável pela apuração dos casos e apontar as medidas que podem ser tomadas pela administração. O comitê é coordenado por Felipe Mattos de Lima Ribeiro (Casa Civil) e composto por Ana Carolina Araújo Nardes (Secretaria de Governo), Márcio André Batista de Arruda (Procuradoria-Geral do Estado), Marina Hiraoka Gaidarji (Auditoria Geral do Estado), Hélio Queiroz Daher (Secretaria Estadual de Educação), Gisele Peixoto Lima (Secretaria Estadual de Fazenda) e Daniel Zanforlim Borges (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

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