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Política

Comunicação é desafio para agricultura, diz futura ministra

Gilberto Costa, da Agência Brasil | 04/12/2018 22:18
A futura ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina, recebe o prêmio CNA Agro Brasil 2018 do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões - Wilson Dias/Agência Brasil
A futura ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina, recebe o prêmio CNA Agro Brasil 2018 do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões - Wilson Dias/Agência Brasil

A comunicação com a sociedade, com os mercados, com a comunidade ambientalista e com eventuais importadores de produtos da agricultura e da pecuária do Brasil será o principal desafio da futura gestão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A avaliação é da responsável pela pasta a partir do próximo 1º de janeiro, Tereza Cristina.

A futura ministra, que é deputada federal (DEM-MS) e hoje preside a Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), enfatizou a importância da comunicação durante a solenidade do Prêmio CNA Agro Brasil, concedido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O evento ocorreu na noite de terça-feira (4), em Brasília. Tereza Cristina foi uma das premiadas.

De acordo com a futura ministra, “a comunicação vai ser uma coisa muito importante para a gente abrir os olhos do mundo, e mostrar que o Brasil conserva, que o país produz com qualidade, e que sua produção é sustentável. Enfim que nós temos aqui na agricultura um número enorme de empregos de boa qualidade e que cada dia o país vai caminhar mais em frente”.

Para Tereza Cristina, a desinformação afeta a visão sobre as atividades no campo. É o caso, por exemplo, do uso comum da palavra agrotóxico em lugar de defensivos agrícolas. “Neste caso dos agrotóxicos, defensivos agrícolas ou pesticidas são sinônimos. Tudo é remédio de planta, mas existe um preconceito e desconhecimento das pessoas, por isso que a comunicação é importantíssima”.

“A gente tem que preparar a sociedade brasileira para entender cada vez mais o que o produtor faz, que é por comida barata. Agrotóxico é remédio. Usado na dose certa cura, usado na dose errada mata”, apontou. “A comunicação vai ser fundamental para explicar o momento de transição. Nós estamos passando por um momento que o Brasil vai dar uma guinada, inclusive no meio ambiente, com responsabilidade, mas sem vieses”, prometeu.

Tereza Cristina elogiou a condução do Mapa pelo atual ministro Blairo Maggi e disse que pretende “continuar a fazer o trabalho que outros ministros fizeram: abertura de mercado para o nosso setor”. “Ninguém vai inventar a roda. O que nós precisamos é fazer com que a agricultura continue a crescer e que seja respeitada no mundo como uma agricultura de ponta”, acrescentou.

Para Maggi, Tereza Cristina terá como maior desafio gerir o Mapa com mais atribuições do que tem hoje. “Esse ministério está praticamente dobrado de tamanho, com funções antagônicas e pessoas que pensam diferente”. Além das áreas atuais, o Mapa voltará a cuidar da Secretaria de Pesca e da Secretaria de Agricultura Familiar.

No terceiro trimestre deste ano, as atividades de agricultura e pecuária foram as que apresentaram o maior crescimento econômico, aumento de 0,7% na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população ocupada no setor cresceu 1,78% no período. Em 2017, a área ocupada pela agricultura e pecuária em todo o Brasil atingiu 350 milhões de hectares.

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