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Política

CPI apura pagamento duplicado de plantões para médicos

Funcionária teria reembolsado mais de R$ 6 mil ao pagar a mais a profissional contratada para o mesmo horário

Por Gabriela Couto | 13/10/2023 14:46
Fachada do prédio da Câmara Municipal de São Gabriel do Oeste, a 140 km da Capital (Foto: Divulgação)
Fachada do prédio da Câmara Municipal de São Gabriel do Oeste, a 140 km da Capital (Foto: Divulgação)

A Câmara Municipal de São Gabriel do Oeste está investigando possíveis irregularidades no pagamento na gestão da Funsaúde (Fundação de Saúde Pública) da cidade localizada a 140 km de Campo Grande.

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) é presidida pelo vereador Frederico Marcondes Neto, o Doutor Fred (Podemos). Os trabalhos iniciados há 20 dias já dão conta de que a denúncia apresenta pelo Conselho Municipal de Saúde tem fundamentos.

“Os documentos solicitados na primeira fase de investigação chegaram há uma semana. Na última quarta-feira (11), pedimos mais uma leva de material. Estamos verificando para fazer o cruzamento dos dados para então confirmar se tinham pagamentos de plantões médicos no mesmo horário de serviço que o profissional de medicina tinha contrato”, explicou.

Os dados levantados são dos anos de 2022 e 2023. Os vereadores estão analisando vários questionamentos feitos na denúncia, conferindo contrato de médico por médico e fazendo planilhas. “Ainda é cedo para confirmar algo, mas já vimos coisas erradas, como pagamento duplicado”.

Nos próximos dias, os cinco vereadores devem receber uma equipe técnica para auxiliar os trabalhos. Além de Fred, Vagner Trindade (PSDB), Ramão Gomes (MDB), Edson Tozetto Baggio (Republicanos) e Rogério Rohr (PSD) também compõem a comissão.

A meta é identificar cargos em comissão de médicos com plantões com sobreposição de horários. A CPI terá 60 dias de investigação e poderá ser prorrogada por mais 30 no caso de atraso de documento dos órgãos municipais.

Já na fase inicial foi possível confirmar que a servidora do Recursos Humanos da Funsaúde teria emitido o pagamento do plantão para o médico, que teria devolvido cerca de R$ 6 mil para a mulher que é irmã da presidente da fundação. Ela foi demitida e a responsável pelo órgão foi afastada pela Prefeitura.

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