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Política

De 60 a 300: candidatos contabilizam obras paradas e prometem retomar todas

Centro de Belas Artes, antiga rodoviária e contenção de erosão da Avenida Ernesto Geisel serão priorizadas

Por Fernanda Palheta | 04/10/2024 12:06
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Estrutura inacabada do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Alex Machado)
Estrutura inacabada do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Alex Machado)

De prédios estruturantes, como escolas e postos de saúde, a construções emblemáticas, como o Centro de Belas Artes e a antiga rodoviária, as obras paradas se espalham pelos bairros de Campo Grande. Além da negligência com o dinheiro público, os elefantes brancos carregam consigo outros problemas como aumento da insegurança para os moradores que convivem com os locais abandonados.

Os candidatos à Prefeitura de Campo Grande contabilizam as obras paradas da Capital e prometem retomar e finalizar todas. Apesar da prioridade, a dimensão do problema não está clara. O número de obras paradas contabilizado por cada um dos postulantes varia de 60 a 300.

Adriane Lopes (PP) – A prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP) afirma que desde que assumiu a administração já retomou mais de 300 obras que estavam paradas. Segundo ela, as obras iniciadas em gestões anteriores foram relicitadas ou estão sendo licitadas novamente. Ela cita como exemplo os corredores de ônibus, a Praça dos Imigrantes e as obras de drenagem e pavimentação do bairro Nova Lima. O compromisso da candidata do PP é concluir todas as obras inacabadas e que elas sejam entregues dentro dos prazos estabelecidos.

Quanto ao Centro de Belas Artes, Adriane afirma que a prefeitura está preparando nova licitação, com a atualização das planilhas de custos. Ela quer dar um novo propósito ao local que foi idealizado para ser a rodoviária da Capital. "Nosso projeto prevê a transformação do espaço em um complexo multiuso que abrigará o Parque Tecnológico de Campo Grande e um ponto de cultura", disse.

Adriane afirma que a obra da antiga rodoviária está com 30% do cronograma executado e quando finalizada irá abrigar alguns órgãos municipais, como a Funsat e a CGM (Guarda Civil Metropolitana). Outra obra parada simbólica é obra de contenção de erosão do córrego Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel. Segundo Adriane, após nova licitação em agosto, a obra foi retomada no início de setembro deste ano.

Beto Pereira (PSDB) – O deputado federal e candidato a prefeito de Campo Grande Beto Pereira (PSDB), contabiliza quase 100 obras inacabadas na Capital. Para solucionar o problema ele promete se inspirar na gestão tucana do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.

“Vou adotar o programa 'Obra Inacabada Zero'. Já me reuni com o governador Eduardo Riedel para traçar uma estratégia neste sentido. Temos que fazer da mesma forma que o Governo do Estado fez”, disse. O tucano ainda promete não começar novas obras sem terminar as inacabadas e abandonadas.

Beto contabiliza os mais de 30 anos em que as obras do Centro de Belas Artes estão paradas, mas não diz o que irá fazer com o espaço. "Vamos dar uma destinação apropriada a este espaço. A destinação que for mais aconselhável às características do local", afirma.
Com o apoio das entidades representativas do comércio, da indústria e, em parceria com outros entres públicos, Beto pretende discutir soluções para revitalizar a antiga rodoviária. Ele ainda promete concluir as intervenções da obra da Avenida Ernesto Geisel.

Camila Jara (PT) – A deputada federal e candidata a prefeita de Campo Grande, Camila Jara (PT) não apontou o número de obras paradas e assume um compromisso realista de concluir as obras essenciais que foram paralisadas. “Vamos priorizar as mais impactadas e os recursos disponíveis”.

Entre as prioridades da petista estão as Emeis para solucionar o déficit de vagas na educação infantil e obras que podem ser usadas em um programa de reabilitação urbana, como o Centro de Belas Artes. Segundo ela, o foco para as obras emblemáticas será a preservação ambiental e patrimonial.

Luso de Queiroz (PSOL) – O comerciante e candidato a prefeito de Campo Grande pelo PSOL, Luso de Queiroz, é categórico ao contabilizar 152 obras paradas na cidade. Ele promete que todas serão retomadas a partir do primeiro ano de mandato.

Rose Modesto (União Brasil) – A ex-superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste e a candidata à prefeita, Rose Modesto (União Brasil), afirma que entre inacabadas e paradas, Campo Grande tem cerca de 60 obras. Para solucionar o problema, o primeiro passo será a realização de um levantamento técnico para verificar o que gerou esse problema e qual a solução para retomar os trabalhos.

A candidata do União Brasil promete implementar o Programa Mãos à Obra, no qual serão criados critérios claros e eficientes para que a retomada ocorra de forma organizada e estratégica.

Rose ainda promete criar o Programa Cidade Investe, ampliar a Agência Municipal de Projetos para tentar recuperar esses investimentos e captar mais recursos estaduais, federais e internacionais para ampliação de serviços e atendimento à população.

Para o Centro de Belas Artes, o objetivo de Rose é readequar o espaço para ser um centro cultural. Já a antiga rodoviária será transformada em um grande centro de qualificação profissional, com a instalação da Escola Municipal Profissionalizante.

Rose pretende um redimensionamento da obra da Avenida Ernesto Geisel. "Vamos levar em consideração os danos causados pelas chuvas e o tempo que a obra ficou parada. Será uma prioridade para nós, e vamos buscar recursos em Brasília para finalizar essa obra", finalizou.

Os candidatos Beto Figueiró (Novo), Ubirajara Martins (DC) e Jorge Batista (PCO) não responderam a reportagem com propostas para o setor.

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