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Política

De asfalto a hospital, governo investe em áreas essenciais na Capital

Nas obras de infraestrutura em três regiões, a geração de emprego chegou a 5 mil vagas, segundo afirmou o governador Reinaldo Azambuja, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News

Aline dos Santos | 09/05/2018 13:45
Reinaldo Azambuja visitou Campo Grande News para entrevista exclusiva. (Foto: Saul Schramm)
Reinaldo Azambuja visitou Campo Grande News para entrevista exclusiva. (Foto: Saul Schramm)

Obras para gerar emprego, desafogar a saúde, retomar moradias populares e organizar o trânsito integram as ações do governo do Estado em Campo Grande. De acordo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, a administração estadual entrou em convênios que até então eram entre a União e a prefeitura para evitar que a Capital perdesse recursos.

“A prefeitura não tinha recursos para a contrapartida e não poderíamos perder os recursos financeiros”, afirma o governador, em visita ao portal nesta quarta-feira (dia 9), sobre a decisão de fazer os aportes nas obras.

Para geração de cinco mil empregos, entre diretos e indiretos, foram realizados investimentos de mais de R$ 7 milhões infraestrutura rodoviária em Indubrasil, no Polo Empresarial Miguel Leteriello (saída para Cuiabá) e na rotatória de acesso ao primeiro shopping Outlet de Campo Grande.

Conforme o governador, no dia 6 de junho vai ser inaugurada a maior fábrica de proteína de soja da América do Sul, a ADM. Também no segmento de infraestrutura, o governador afirma que 98% da obra na avenida Euler de Azevedo foi concluída. Sobre a polêmica dos retornos, cobrados pelos comerciantes, ele aponta que foram feitas três rotatórias e seria impossível deixar mais áreas de conversão numa pista que é dupla.

Azambuja também destacou os recursos para destravar obras no entorno do rio Anhanduí,na Ernesto Geisel, parados há mais de cinco anos. Os R$ 49 milhões do Ministério da Cidade estavam disponíveis desde 2011.

"Quando assumi, em 2015, eram 70 mil pessoas na fila de cirurgia", afirma Azambuja. (Foto: Saul Schramm)
"Quando assumi, em 2015, eram 70 mil pessoas na fila de cirurgia", afirma Azambuja. (Foto: Saul Schramm)

O governo também fez parcerias com a prefeitura para investimento na rotatória da Mato Grosso com a Via Parque ( valor de R$ 1,6 milhão), urbanização no entorno do córrego Bálsamo (R$ 3,1 milhões), corredor de transporte coletivo (R$ 1,3 milhão) , pavimentação asfáltica e drenagem em bairros como Nova Lima, São Francisco, Bellinate.

Na habitação, Campo Grande voltou a ter contratos para construção de casas populares após paralisia de cinco anos.

Saúde – O governador destaca a conclusão do Hospital do Trauma, após 21 anos, e a expansão do serviço de radioterapia, que tem previsão de passar de um para três aparelhos em Campo Grande. A radioterapia é uma das etapas do tratamento contra o câncer.

Para o Hospital do Trauma, unidade anexa à Santa Casa, foram repassados R$ 12 milhões em equipamento e R$ 3,7 milhões para conclusão de obra e compra de tomógrafo. Conforme Azambuja, o funcionamento do hospital depende do repasse de R$ 6 milhões do Ministério da Saúde para o custeio da unidade. Na sequência, governo e prefeitura também deverão pagar contrapartida financeira.

Já o Hospital do Câncer Alfredo Abrão deve ativar no começo de junho um novo acelerador linear, utilizado na radioterapia. “O mais moderno do mundo. Porque o aparelho precisa de um bunker, com chumbo na parede, placa de bronze”, diz sobre a complexidade da obra.

A expansão do atendimento também inclui aparelhos de radioterapia no HU (Hospital Universitário) de Campo Grande e no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian . O HR também terá um complexo hospitalar anexo, com um centro de recuperação.

Azambuja afirma que investe mais de 12% do orçamento em Saúde e lembra que o antecessor, André Puccinelli (MDB), responde à Justiça por não aplicação do percentual mínimo. Ele também destaca a expansão dos serviços de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e hemodiálise, antes restritos a Campo Grande e Dourados.

Caravana da Saúde terá nova etapa a partir de junho. (Foto: Saul Schramm)
Caravana da Saúde terá nova etapa a partir de junho. (Foto: Saul Schramm)

“Quando assumi, em 2015, eram 70 mil pessoas na fila de cirurgia do Sistema Único de Saúde. Com a Caravana da Saúde, foram 56 mil cirurgias. Com 20 mil cirurgias para a população de Campo Grande”, afirma. Lançada em 2015, a iniciativa percorreu o Estado e terá uma nova etapa na Capital a partir de junho.

Neste ano, uma nova modalidade do projeto percorre 160 escolas de Campo Grande. Na Caravana da Saúde escolar, os alunos, mediante autorização dos pais ou responsáveis, passam por exames básicos de audição e visão.

“Dos 8.200 alunos que já participaram, 26,3% apresentaram algum tipo de problema e vão para uma segunda etapa, com exames mais específico. Vai melhorar o desempenho na escola”, afirma. No Estado, o projeto deve atender 166 mil alunos.

Mais seguro – Setor que mais teve concurso público, a segurança contabiliza R$ 122 milhões de investimentos. Das 670 viaturas, 229 foram para Campo Grande. Os recursos também foram para compra de coletes balísticos e armas mais potentes (fuzis e metralhadoras).

Conforme o governo, são 395 aprovados e nomeados para agente penitenciário; abertos concursos com 650 vagas para a PM (Polícia Militar) e bombeiros, além de 170 vagas para a Perícia; e está em andamento concurso público com 210 vagas para delegados, agentes e escrivães.

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