De fazenda, Olarte manda celular sem senha de acesso para o Gaeco
A perícia técnica começa a analisar esta semana os telefones celulares apreendidos durante a Operação Coffee Break no último dia 25. Dos 17 que tiveram o aparelho recolhido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), apenas o do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) não foi entregue com a senha de acesso. O celular foi levado pelo então procurador geral do Município, Fábio Leandro.
Procurado para falar sobre o assunto, Leandro disse que no dia da Operação Olarte estava em uma fazenda e por isso não foi localizado pelo Gaeco, e que depois apenas pegou o aparelho e o entregou ao órgão do MPE (Ministério Público Estadual).
A resposta do ex-procurador jurídico foi encaminhado via whatsaap. Na mensagem ele diz que “o delegado não conseguia localizá-lo no dia, pois ele estava numa fazenda, algo assim...Quando o delegado foi me intimar da decisão do afastamento, pediu que, assim que ele voltasse, eu levasse lá no Gaeco o celular. Então só peguei com ele e entreguei”. O Campo Grande News também tentou contato com o advogado Jail Azambuja, que defende Gilmar Olarte nos processos, mas ele não retornou.
A apreensão dos celulares foi determinada pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva. A medida serve para investigar mensagens trocadas entre os alvos da Operação Coffee Break por meio de aplicativos que não podem ser rastreados, por não haver tecnologia disponível. Mesmo nos casos em que o aparelho esteja bloqueado, os peritos dispõem de mecanismos para levantar as informações contidas nele.