De saída, Bernal culpa Coffee Break e crise por caos nos cofres municipais
Bernal culpa imbróglios políticos para justificar situação da Prefeitura
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), culpou a crise política-administrativa e os imbróglios que enfrentou nos quatro anos de sua gestão ao justificar o deficit mensal de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões da Prefeitura, detectado pela equipe de transição do prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD). Discurso recorrente durante sua gestão.
“Tivemos a redução de repasses do Governo Federal, a crise econômica nacional, e uma parte da nossa receita vai para a Solurb, por conta da judicialização da dívida da Prefeitura com a empresa, e todo mês temos que fazer depósito de R$ 12 milhões. Além disso, Campo Grande sofreu um rombo de R$ 1 bilhão deixado pela quadrilha da Coffe Break (nome da operação comandada pelo Gaeco que investigou vereadores e empresários denunciadas por envolvimento em esquema de propinas para cassar o prefeito em 2014)”, declarou Bernal, na chegada ao auditório da Semed (Secretaria Municipal de Educação) para a apresentação do balanço da sua administração.
Ao fim do evento desta manhã, Bernal promete divulgar um relatório completo da realidade financeira do município, inclusive sobre o deficit de R$ 216 milhões referente ao exercício de 2015, e como ficará a Prefeitura ao deixar o cargo no final do seu mandato, em 31 deste mês.
Judicialização – Alcides Bernal tem reclamado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul a liberação de R$ 28 milhões referentes aos depósitos judiciais que, na visão dele, a Prefeitura de Campo Grande tem direito. O dinheiro vem sendo depositado em juízo devido a problemas com a concessionária de coleta de lixo, Solurb.