Defesa de Bumlai alega desconhecer motivos da inclusão dele em investigações
A defesa do pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai afirmou desconhecer as razões da inclusão de seu nome, a pedido do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nas investigações da Lava Jato. Além de Bumlai, o procurador pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e mais 29 pessoas sejam investigadas.
A advogada Daniella Meggiolaro, que trabalha na defesa de Bumlai, disse, por telefone, em entrevista a Agência Brasil, que a defesa ainda não teve acesso aos documentos que embasaram o pedido, portanto, desconhece as razões que levaram a inclusão do nome do pecuarista.
“Não tivemos acesso ao inteiro teor do pedido do Ministério Público, do procurador-geral, não sabemos as razões da inclusão do nome dele nas investigações, nem tivemos acesso aos documentos que a embasaram. Então, por enquanto, sobre o mérito, nós não temos como nos manifestar”, disse.
Além de Lula, Bumlai, e o senador Delcídio do Amaral (sem partido), a petição implica ainda os ministros Jaques Wagner, Edinho Silva, e Ricardo Berzoini; os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE), Aguinaldo Ribeiro, André Moura, Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortês e Manoel Junior, além do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o assessora da Presidência, Giles de Azevedo, a ex-ministra Erenice Guerra, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o banqueiro André Esteves, o ex-ministro Silas Rondeau, o empresário Milton Lyra, o lobista Jorge Luz, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli, o doleiro Lucio Bolonha Funaro, Alexandre Santos, Carlos Willian, João Magalhães, Nelson Bornier e a ex-deputada Solange Almeida, aliada de Eduardo Cunha.
Ao pedir a inclusão de novos envolvidos no inquérito, que está em andamento desde o ano passado, Janot sustenta que houve um aprofundamento nas investigações. As acusações estão baseadas, principalmente, nas afirmações feitas pelo senador sem partido Delcídio do Amaral nos acordos de delação premiada.