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Política

Defesa de Bumlai alega desconhecer motivos da inclusão dele em investigações

Michel Faustino | 03/05/2016 18:52
O pecuarista José Carlos Bumlai é acusado de participação em esquema que desviou dinheiro da Petrobrás. (Foto: Arquivo)
O pecuarista José Carlos Bumlai é acusado de participação em esquema que desviou dinheiro da Petrobrás. (Foto: Arquivo)

A defesa do pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai afirmou desconhecer as razões da inclusão de seu nome, a pedido do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nas investigações da Lava Jato. Além de Bumlai, o procurador pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e mais 29 pessoas sejam investigadas.

A advogada Daniella Meggiolaro, que trabalha na defesa de Bumlai, disse, por telefone, em entrevista a Agência Brasil, que a defesa ainda não teve acesso aos documentos que embasaram o pedido, portanto, desconhece as razões que levaram a inclusão do nome do pecuarista.

“Não tivemos acesso ao inteiro teor do pedido do Ministério Público, do procurador-geral, não sabemos as razões da inclusão do nome dele nas investigações, nem tivemos acesso aos documentos que a embasaram. Então, por enquanto, sobre o mérito, nós não temos como nos manifestar”, disse.

Além de Lula, Bumlai, e o senador Delcídio do Amaral (sem partido), a petição implica ainda os ministros Jaques Wagner, Edinho Silva, e Ricardo Berzoini; os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE), Aguinaldo Ribeiro, André Moura, Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortês e Manoel Junior, além do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o assessora da Presidência, Giles de Azevedo, a ex-ministra Erenice Guerra, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o banqueiro André Esteves, o ex-ministro Silas Rondeau, o empresário Milton Lyra, o lobista Jorge Luz, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli, o doleiro Lucio Bolonha Funaro, Alexandre Santos, Carlos Willian, João Magalhães, Nelson Bornier e a ex-deputada Solange Almeida, aliada de Eduardo Cunha.

Ao pedir a inclusão de novos envolvidos no inquérito, que está em andamento desde o ano passado, Janot sustenta que houve um aprofundamento nas investigações. As acusações estão baseadas, principalmente, nas afirmações feitas pelo senador sem partido Delcídio do Amaral nos acordos de delação premiada.

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