Defesa diz desconhecer detalhes de buscas na Governadoria
Policiais federais foram ao prédio de Reinaldo Azambuja na manhã desta quarta-feira, onde ficaram por duas horas
Ao deixar o prédio onde vive o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), o advogado Gustavo Passarelli disse desconhecer detalhes da Operação Vostok, desencadeada nesta quarta-feira (dia 12) pela PF (Polícia Federal).
"Não temos todas as informações. Vou acessar o processo", afirmou. A defesa confirmou, ainda, que trata-se de busca e apreensão. Passarelli também disse que não conversou com o governador, porque ele estava em uma agenda em Naviraí.
Segundo o advogado, os policiais fizeram análise do imóvel. Contudo, quando deixaram a residência de Reinaldo, por volta das 8 horas, os agentes carregavam malas e malotes. Eles chegaram no prédio por volta das 5h50, portanto, ficaram por lá pouco mais de duas horas.
Nesta quarta-feira (dia 12), equipes policiais desencadearam a Operação Vostok, que investiga esquema de pagamento de propina envolvendo autoridades do Executivo, Legislativo e o TCE (Tribunal de Contas do Estado). A estimativa é de prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres públicos.
Como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem foro privilegiado devido ao cargo, o inquérito tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça). A operação, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do governador, foi autorizada pelo ministro Félix Fischer.
A PF também está na Assembleia Legislativa de MS, onde o grupo da polícia vasculha o gabinete do deputado Zé Teixeira (DEM), que foi preso nesta manhã. O ex-deputado estadual, ex-secretário de Estado de Fazenda e atual conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Márcio Monteiro, também é alvo mandado de prisão temporária expedido para a Operação Vostok. Ele foi levado para a sede da PF.