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Política

Defesa recorre para que prefeito afastado possa viajar a Alcinópolis

Aline dos Santos | 06/04/2012 12:22

O STJ determinou que Manoel Nunes permanecesse no distrito da culpa, ou seja, em Campo Grande.

Prefeito está em liberdade desde setembro, mas não pode se aproximar da prefeitura. (Foto: João Garrigó)
Prefeito está em liberdade desde setembro, mas não pode se aproximar da prefeitura. (Foto: João Garrigó)

A defesa do prefeito afastado de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR), já recorreu da decisão que o impede de ir ao município. “Ele precisa viajar para Alcinópolis, tem moradia lá”, afirma o advogado André Borges.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça), que concedeu a liminar para que o prefeito saísse da cadeia, determinou que Manoel permanecesse no distrito da culpa, ou seja, em Campo Grande, onde aconteceu o crime em que é apontado como mandante.

De acordo com o advogado, o pedido de liberação de viagem foi apresentado ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Após o julgamento do mérito do habeas corpus no STJ, marcado para esse mês, o advogado vai solicitar que ele reassuma o comando do município. Manoel foi preso em 20 de julho e solto no dia 29 de setembro de 2011, sob condição de não se aproximar da prefeitura.

Em janeiro deste ano, a Seção Criminal do TJ/MS recebeu a denúncia por homicídio doloso feita pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra o prefeito, sob acusação de ter sido o mandante do assassinato do vereador Carlos Antônio Carneiro, então presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis. Ele foi morto em outubro de 2010, em Campo Grande.

Os vereadores Eliênio Almeida de Queiroz (PR), Valter Roniz Dias de Souza (PR) e Valdeci Lima de Oliveira (PSDB) também foram denunciados por “ajustar” a morte de Carlos Antônio. Os três chegaram a ser presos em julho de 2011, sendo soltos em 12 de agosto.

Neste ano, foram a júri popular o pistoleiro e o contratante da execução. Ireneu Maciel, réu confesso pela execução, foi condenado a 19 anos de prisão; enquanto Valdemir Vansan recebeu pena de 18 anos.

A prefeitura foi assumida pelo vice Alcino Carneiro (PDT), pai do vereador morto.

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