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Política

Delcídio trabalha com três cenários e vê mais factível aliança com PSDB

Zemil Rocha | 21/09/2013 09:08
Pior dos cenários eleitorais, segundo Delcídio, seria pulverização de candidaturas (Foto: arquivo)
Pior dos cenários eleitorais, segundo Delcídio, seria pulverização de candidaturas (Foto: arquivo)

O senador Delcídio do Amaral (PT) trabalha com três cenários para a disputa eleitoral pelo governo do Estado no ano que vem. O mais factível, contudo, seria o “cenário médio”, com dois grandes partidos lançando candidato a governador e um terceiro, provavelmente o PSDB, sendo o fiel da balança quanto à aliança que firmará em 2014. Para o senador, hoje o PT realmente está mais próximo do PSDB do que do PMDB.

“Na pior das hipóteses, teremos pelo menos três candidaturas, se não houver acordo. A do PT, do PMDB e a outra do PSDB. Esse é o cenário que cristaliza o não acordo e conseqüentemente a disputa”, avalia o parlamentar. “Depois você tem um cenário médio que prevê alianças dentre partidos maiores ou entre dois desses partidos. E por fim o cenário de um grande acórdão, que seria o mais otimista”, completou.

O cenário intermediário, para Delcídio, é que deverá prevalecer. “Acho que vai caminhar para o cenário intermediário. Está mais presente isso; é o cenário que as pessoa estão esperando, imaginando”, afirmou o senador. Entende que nesse quadro eleitoral, o PT fechará aliança com o PSDB em Mato Grosso do Sul. “Hoje o mais próximo é o PSDB, porque o PMDB já tem candidato a governador e até a senador. Se de um lado o jogo já está posto, nós vamos procurar quem nos queira”, disse.

Na opinião do parlamentar, a avaliação do presidente regional do PT, Marcus Garcia, está correta quanto à maior tendência de acordo com o PSDB, diante das definições publicamente apresentadas pelo PMDB. “Concordo. Tem razão nisso. Se o PMDB fecha portas, coloca candidato nas ruas, assume publicamente que tem vagas para disputar o Governo e o Senado, oferece vice e suplência para aliança, está realmente definindo seu rumo”, declarou.

Apesar dessa avaliação pragmática, o senador Delcídio do Amaral não descarta a possibilidade de acordo com o PMDB e lembra que tem boas relações política tanto com tucanos quanto com peemedebistas. “Com o PSDB tenho boa relação, como tenho também com o PMDB. Sempre converso com o André, Jérson Domingos, o meu colega Moka também”, ponderou. “Eu sou um cara de diálogo e conciliação”, emendou.

A tática política de Delcídio, conforme ele próprio explica, é fazer “avaliação pessimista, mas ser otimista na ação e ter frieza nas análises”. O ideal, segundo o senador, é evitar a pulverização de candidaturas. “O pior cenário é ter três candidaturas fortes, do PT, PMDB e PSDB, e outras independentes”, confessou.

O quadro eleitoral vai ficar um pouco mais nítido, segundo Delcidio, quando terminar o período das migrações partidárias. “Após as trocas de partidos, depois do inicio de outubro vamos ter um desenho mais claro que vem por aí”, analisou.

Mostrar serviço – O senador Delcídio do Amaral considera que o momento ainda está mais para trabalhar para trazer obras e serviços para Mato Grosso do Sul do que cuidar de discussões eleitorais, que, segundo ele, só traduzem algo de real na época das convenções eleitorais que acontecerão em junho de 2012. “Agora tem de trabalhar, mostrar serviço”, declarou.

Para ele, qualquer precipitação agora, não é boa para ninguém, muito menos para a população que têm muitas demandas a serem atendidas. “É cedo para definições. Tem também os desdobramentos nacionais que precisamos esperar. Não é simples. leva um pouco de tempo”, explicou.”Tem muita conversa, mas não tem nada fechado. É como a história do velho Chacrinha: o programa só acaba quando termina”, afirmou, lembrando que mesmo após as convenções partidárias há ainda riscos de mudanças eleitorais, como já aconteceram no passado

O cenário político, na avaliação do petista, é muito instável. “As coisas mudam muito”, apontou o senador, lembrando que algum tempo atrás o cenário era de passeatas nas ruas e de propostas de reforma política e até mesmo de uma Assembleia Constituinte exclusiva para isso. “Hoje já mudou completamente. Muitos parceiros do governo que deram uma ameaçada de vazar, não vazaram e já consideram aquelas composições que já se pensavam anteriormente”, avaliou.

Para Delcídio, o debate eleitoral tem muitos altos e baixos. “É um debate sistemático, permanente, mas dentro de uma coisa que não está clara”, definiu o petista, buscando a seguir na rima de Paulinho da Viola auxílio nessa definição: “Faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro leva o barco e a si mesmo devagar”.

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