Deputado de MS considera “golpe” decisão que anula processo de impeachment
O deputado federal Carlos Marun (PMDB) postou em sua página no Facebook no início da tarde de hoje, 9, um vídeo em que considera a decisão do atual presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) um golpe e acusa o STF (Supremo Tribunal Federal) de ser um responsáveis por ter afastado na semana passada o ex-presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Durante o vídeo com pouco mais de dois minutos de duração, Marum destaca que há algum tempo ele dizia que o ex-presidente Eduardo Cunha era “imprescindível ao correto processo de impeachment” da presidente Dilma Rousseff. Por essa defesa, ele reclama que foi recebeu muita crítica por pessoas nas ruas e até de jornalistas que, nas palavras dele, julgam conhecedores do aspecto da vida nacional e o questionava sobre o apoio ao Cunha.
Para esses críticos, Marun respondia que não defendia o ex-presidente, mas o devido processo legal. “Sei e sabia que o governo sempre sonhou em afastar o presidente Cunha e que isso seria uma garantia de não haver o impeachment”, comenta ele.
Marun considera que o afastamento de Eduardo Cunha, investigado por envolvimento em corrupção conforme apontado pela Operação Lava Jato, ocorrido na semana passada no STF, foi um processo “extra-legal e inconstitucional”. O deputado sul-matogrossense questiona que o Supremo afastou o presidente Cunha do mandato e da presidência da Casa e hoje, o presidente empossado anulou o processo.
“Eu queria saber o que estão dizendo agora aqueles que me enxovalharam em programas de TV e em blogs, em notinhas. Onde está sua responsabilidade, sera que vão ter coragem de dizer que eles estavam errados e que não entendem nada do que acontece neste País”, critica Marun.
Para Marun, o impeachment está em risco e o processo está sendo legal. “O STF tem de se pronunciar. Isso é um golpe e o que parece é que o Supremo foi um dos instrumentos desse golpe, a partir do momento que afastou o ex-presidente”, afirmou ele, que pede reação da população.
A reportagem tentou ouvir a opinião do deputado federal Zeca do PT, mas assessoria disse que ele estava em uma reunião e não poderia atender no momento. Zeca apenas postou um banner em sua página no Facebook com a machete de do Jornal Folha de São Paulo on line em que anunciou a decisão do deputado Waldir Maranhão.