Deputados querem ouvir estudiosos renomados e padre em CPI do CIMI
Os deputados que integram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga a participação do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) nas denúncias de incitação aos conflitos por terras em Mato Grosso do Sul se reuniram na tarde tarde desta terça-feira (06) e definiram que, em um primeiro momento, a comissão quer ouvir quatro pessoas, sendo três estudiosos e o padre Gildásio Mendes dos Santos, presidente da Missão Salesiana de Mato Grosso.
Por indicação do deputado Marquinhos Trad (PMDB), vice-presidente da comissão, serão convidados o sociólogo Lorenzo Carrasco e o jornalista Nelson Barreto. O deputado justificou que é notória a atuação de ambos quanto às discussões envolvendo os conflitos agrários e sociais em todo o país.
“Acho importante ter a presença desses estudiosos para enriquecer nossas discussões e nos municiar para que possamos conduzir os trabalhos de forma mais abrangente”, comentou.
A presidente da comissão, deputada Mara Caseiro (PT do B) sugeriu a convocação do antropólogo paraense Edward Luz, que se envolveu em uma polêmica no último ano sendo acusado ao atacar entidades indigenistas e sua própria categoria. Luz chegou a ser excluído da ABA (Associação Brasileira de Antropologia) por decisão do Conselho Diretor da Entidade.
O quarto a ser convidado para ser ouvido foi o padre Gildásio Mendes dos Santos, presidente da Missão Salesiana de Mato Grosso, por indicação do relator da CPI, deputado Paulo Corrêa.
Conforme o deputado, o depoimento do padre será importante tendo em vista que ele participou da construção do trabalho do CIMI desde a sua instituição no Estado.
Os quatro devem ser ouvidos a partir da próxima semana. A comissão irá definir ainda, conforme disponibilidade de cada um, quem será o primeiro a prestar depoimento já na próxima terça-feira (13).