CPI do Cimi define Mara como presidente e Paulo Corrêa será relator
A deputada Mara Caseiro (PTdoB), vai presidir a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), conforme ficou definido em reunião nesta quarta-feira (30) na Assembleia Legislativa. O relator será o deputado estadual Paulo Corrêa (PR) e vice-presidente ficou definido o deputado Marquinhos Trad (PMDB). Participam como membros os deputados Onevan de Matos (PSDB) e o deputado Pedro Kemp (PT).
A reunião que definiu os componentes da CPI foi presidida inicialmente pelo deputadoOnevan de Matos, por ser o parlamentar mais velho da Casa. Ao iniciar os trabalhos, Paulo Corrêaindicou a deputada Mara Caseiro como presidente e abriu as votações onde a parlamentar recebeu a unanimidade dos votos.
Logo depois foi aberta a votação para a escolha do vice-presidente, onde Mara Caseiro indicou o deputado Marquinhos Trad e Pedro Kemp colocou seu nome à disposição. Marquinhos Trad recebeu os votos de Paulo Corrêa, Mara Caseiro e Onevan de Matos. Kemp recebeu apenas o próprio voto. Por fim, Marquinhos Trad foi definido como vice-presidente.
Para relator, a presidente da CPI Mara Caseiro, indicou o deputado Paulo Corrêa e novamente, o deputado Pedro Kemp colocou seu nome à disposição para votação. Corrêa recebeu os votos de Mara Caseiro e Onevam de Matos, e o próprio voto. Marquinhos Trad votou em Pedro Kemp, que recebeu também seu próprio voto. Com 3 votos Corrêa foi escolhido como relator da CPI.
Após a votação a deputada Mara Caseiro falou como presidente da CPI e lembrou que o objetivo da Comissão é apurar a responsabilidade do Cimi e alguns de seus representantes nas invasões de propriedades rurais de Mato Grosso do Sul.
Como objeto da criação da CPI há fortes indícios de envolvimento dos membros do Conselho nesses atos de invasões desde 1998. Foi entregue a cada um dos membros, um regimento interno que querem instituir como os trabalhos da CPI devem ser feitos. Ainda durante a reunião, ficou definido que as reuniões ordinárias serão realizadas às terças-feiras, à partir das 14 horas na Assembleia Legislativa.
Ao fim , o deputado Pedro Kemp questionou a proposta que um regimento interno paralelo. Ele afirma que dentro do regimento da própria Assembleia já tem a resolução que prevê como os trabalhos da CPI devem ser conduzidos, não havendo a necessidade de ter um regimento paralelo. "É uma proposta esdrúxula", acrescentou.
Com relação a escolha dos membros da comissão, ele disse que já esperava o resultado, já que é contra a criação da CPI. "A exclusão da vice-presidência e da relatoria já era esperada por conta do meu posicionamento, mas vou me manter atuante".
Para o parlamentar, a a denúncia é genérica porque já nasce com pré-julgamento do envolvimento do Cimi em atos escusos. "Agora, uma vez que a CPI está em andamento, vou me empenhar para conduzir os trabalhos", afirma.
A presidente da CPI, Mara Caseiro, rebateu as críticas de Kemp dizendo, do regimento paralelo é uma forma de organizar os trabalhos e que o regimento interno da Assembleia sobre a CPI é falho, por isso apresentou a resolução para tentar suprir as falhas e dar mais agilidade. "Quanto a questão que a CPI é genérica, Mara diz que existem denúncias que levaram a instauração da Comissão. "Se não houvesse indícios nem estaria cogitada a CPI, não tem como ser genérica porque existe indícios. A CPI vai verificar justamente isso".
A princípio estão levantando os primeiros depoimentos, que será construído em conjunto com os demais membros para dar segmento à CPI. Esses depoimentos já serão apresentados na próxima terça-feira (6). Serão ouvidos todos, produtores rurais e o Cimo, alvo das investigações. "Vamos conduzir os trabalhos com lisura dando ampla defesa a pessoa que aqui estão sendo citadas, pois a CPI teria começado imparcial", disse Mara Caseiro.