CPI do Cimi terá reunião para definir presidência e relatoria
A CPI contra o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) vai realizar sua primeira reunião, amanhã (30), a partir das 14h, Assembleia Legislativa. Neste encontro será definido o presidente, relator e vice-presidente da comissão que investiga se o grupo vinculado a Igreja Católica incentiva ou financia as invasões de terras, por grupos indígenas, no Estado.
A comissão parlamentar terá a participação dos deputados Mara Caseiro (PT do B), Paulo Corrêa (PR), Marquinhos Trad (PMDB), Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT). Esta investigação vai começar após um debate forte e acirrado entre os parlamentares e grupos sociais.
O último indicado para fazer parte da comissão foi Marquinhos Trad. “O partido (PMDB) me pediu para entrar nesta investigação, porque precisa de alguém com conhecimento jurídico e isenção sobre o assunto, é um grande desafio que aceitei participar”, disse ele.
Apoio – Grupo de produtores rurais compareceram, nesta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa, para apoiar a criação e definição da CPI contra o Cimi. Depois da confusão ocorrida na semana passada, que teve a participação de movimentos contra esta investigação, eles também foram prestar solidariedade a deputada Mara Caseiro ( PT do B), proponente da comissão.
“Estamos em busca da verdade, para que a CPI possa de forma legal, legítima e ordeira chegar a muitas respostas. Não vamos aceitar pressão de ativistas, que parecem estar com medo da verdade. Vamos apoiar a investigação no que for preciso”, disse a produtora Luana Ruiz.
A produtora Mônica Corrêa, que tem sua fazenda invadida há 2 anos e 6 meses, ressaltou que esta CPI será um benefício para todo Estado. “Temos que saber quem está por traz desta guerra, incitando os índios para as invasões, buscamos uma solução negociada, tendo a lei como meta final”.
Ela destacou que a Justiça está sendo omissa neste sentido e que existem evidências e gravações da participação do Cimi nas invasões. “Vamos investigar, quem tem medo da verdade? Não podemos ficar de mãos atadas, o tempo da safra, da produção é diferente do político”.
Para o vice-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Nilton Pickler, a intenção da instituição é que se esclareçam estes fatos e possam saber se grupos não agiram dentro da lei. “Esta investigação vai desvendar se houve esta atuação, nós até torcemos que não”.