Deputados se dividem em 2 blocos e uma bancada em busca de poder
Além do grupo formado por 10 deputados de oito partidos, o chamado “G10”, outro bloco está sendo articulado pelo MDB e tem ainda a bancada do PSDB, que com cinco parlamentares decidiu caminhar sozinha
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul já está praticamente dividida. Além do grupo formado por 10 deputados de oito partidos, o chamado “G10”, outro bloco está sendo articulado pelo MDB e tem ainda a bancada do PSDB, que com cinco parlamentares decidiu caminhar sozinha.
Mais do que em legislaturas anteriores, desta vez, a Casa de Leis está bastante fragmentada – são no total 13 partidos e 24 deputados. Na busca por espaço e influência política, integrantes das bancadas minúsculas se unem para indicar nomes para comissões, frentes e CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito), também ganha força na discussão de projetos, temas importantes e apoio dentro do legislativo.
O G10 que se formou antes da abertura dos trabalhos para garantir vagas na mesa diretora e conseguiram três cargos: Herculano Borges (SD) ficou com a 2° secretaria, Neno Razuk (PTB) com a 2° vice-presidência e Antônio Vaz (PRB), na 3° vice-presidência.
Fazem parte do grupo: Carlos Alberto David (PSL), Renan Contar (PSL), João Henrique Catan (PR), Antônio Vaz (PRB), Lucas de Lima (SD), Herculano Borges (SD), Londres Machado (PSD), Evander Vendramini (PP), Gerson Claro (PP) e Neno Razuk (PTB).
O blocão vai conseguir indicar dois nomes para cada uma das comissões, formadas por cinco membros cada.
Quase fechado está o MDB, o PT, DEM e Patriota. Os deputados das quatro legendas que tentam atrair integrantes de outros partidos para formar um grupo com até 9 deputados e assim conseguir duas indicações também.
Já o PSDB vai conseguir indicar um integrante para cada comissão. São da bancada: Felipe Orro, Onevan de Matos, Rinaldo Modesto, Marçal Filho e Paulo Corrêa (presidente da Casa).
Sérgio de Paula, secretário especial de articulação política do Governo do Estado, confirma as articulações para a formação deste segundo bloco, além do G10. “Vamos fazer reuniões hoje à tarde”, adiantou.
Renato Câmara (MDB) admite que se o partido não se unir a outras bancadas não terá influência dentro da Casa. “É melhor a gente se juntar, somos só três [além dele, Eduardo Rocha e Marcio Fernandes]. Já começamos essa conversa com o PT, DEM e Patriota, e vamos procurar outros partidos para que possamos indicar dois representantes em cada comissão”.
O deputado Pedro Kemp (PT) também afirma que fechou acordo com o MDB. “Nós concordamos porque a nossa bancada caiu pela metade [além de Kemp, José Almi Pereira Moura, o Cabo Almi, é do partido]. Se não fizermos essa união não teremos representação em comissões e grupos políticos. Vamos integrar esse grupo para ter mais espaço”.
Nesta segunda-feira (4), acontece na Assembleia a cerimônia de abertura do ano legislativo e nos bastidores negociações não param.