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Política

Desempregado está mais sujeito a vender o voto, diz candidato do PSDB

Em sabatina promovida por empresários, Geraldo Resende disse que Dourados tem “legião de desempregados” e que educação local possui índices piores que cidades do sertão nordestino

Helio de Freitas, de Dourados | 09/09/2016 18:36
Geraldo Resende é sabatinado por empresários (Foto: Helio de Freitas)
Geraldo Resende é sabatinado por empresários (Foto: Helio de Freitas)

Primeiro dos cinco candidatos a prefeito de Dourados a ser sabatinado por empresários locais, na tarde de hoje (9), o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) disse que os desempregados estão mais sujeitos a vender o voto nas eleições deste ano e que “candidatos que ainda praticam a velha política” podem se aproveitar da situação para tentar levar vantagem.

A declaração foi feita no auditório da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados), onde Geraldo respondeu a oito perguntas elaboradas por representantes de 11 entidades de classe e cooperativas de crédito, entre as quais a OAB e o Sicredi. A sabatina durou 40 minutos.

“Dourados tem legiões de desempregados. Essas pessoas estão sujeitas a vender o voto a quem ainda faz a velha política, de oferecer quinquilharia pelo voto”, afirmou o candidato tucano.

Educação – Geraldo não poupou críticas à educação do município, apesar de a prefeitura ser comandada há cinco anos pelo PSB, partido do seu candidato a vice, Rogério Yuri. "Os indicadores da educação de Dourados são de dar vergonha, principalmente na reserva indígena. Abaixo até de cidades do sertão nordestino".

“A educação revolucionou minha própria vida. Vamos priorizar a educação e acabar de vez com a creche em meio período", afirmou ele, que criticou também as obras de escolas infantis paradas há anos. "Não vamos prometer o céu na saúde na educação. Vamos trabalhar com prioridade".

Perguntado se tinha projeto de conceder isenção e desconto de impostos, o tucano disse que não vai fazer demagogia. “A receita é precária. Precisamos é aumentar a arrecadação, alargar a base de contribuição. Tem bairros inteiros sem regularização”, declarou, citando loteamentos cujos moradores ainda não pagam IPTU.

Geraldo Resende disse que sua primeira visita após a eleição, se for eleito, será a Vitória, capital do Espírito Santo, considerada, segundo ele, exemplo bem sucedido de administração pública.

Segurança – O tucano prometeu priorizar recursos para Dourados no orçamento da União por fazer parte da Comissão do Orçamento do Congresso, principalmente para garantir mais segurança pública. "Vamos levar a guarda municipal para os bairros, para dar sensação de segurança para as pessoas".

Entretanto, segundo Geraldo, mais segurança não se limita à polícia fardada nas ruas, mas está ligada a uma intervenção mais intensa nos bairros e citou como exemplo a cidade de Medellín, na Colômbia, onde a presença do Estado reduziu os altos índices de violência.

Aeroporto – Cobrado sobre a falta de um aeroporto com estrutura na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, disse que já foi vítima do cancelamento de voos e que o projeto lançado “com pompa” pelo governo Dilma não saiu do papel.

“O único de MS que ficou no atual projeto do governo é o de Dourados, que vai receber 48 milhões. Será um das prioridades. Até essa reforma, temos de conviver com isso”.

Alinhamento – Geraldo disse que sua eleição vai ser positiva para Dourados porque a cidade terá a oportunidade de se beneficiar do alinhamento com os governos estadual e federal.

“O governador tem um olhar carinhoso com Dourados. Se eu ligar agora para o presidente Temer, tenho retorno em 24 horas. Se ligar para o governador, em poucas horas ele me retorna. Dourados vai precisar muito dessa parceria com os governos”.

Sem apaniguados – O candidato tucano prometeu, se eleito, montar uma equipe com técnicos e priorizar os servidores efetivos nos cargos de secretários e diretores. “Não vou levar apaniguados e compinchas para a prefeitura. Cada partido vai indicar uma lista tríplice de nomes capacitados e vamos avaliar e escolher por meritocracia. Levar quem tem condições técnicas e quem é da área”.

Geraldo Resende encerrou afirmando que se preparou ao longo da vida para ser prefeito da cidade onde vendeu picolé e foi engraxate. “Quero passar para a história como melhor prefeito que Dourados já teve”.

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