“É preciso vergonha na cara para respeitar o cidadão”, diz candidato do Novo

O farmacêutico e comerciante Racib Panage Harb, 54, está em sua sexta eleição. Pela segunda vez consecutiva é candidato a prefeito de Dourados, maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul.

Sem conseguir se eleger nas três vezes em que se candidatou a vereador (2004, 2008 e 2012), uma vez a prefeito (2020) e uma a deputado estadual (2022), Racib passou pelo PTB, PSB, Republicanos, PRTB e agora disputa outra eleição pelo Partido Novo. A chapa é pura e tem Oswaldo Arnez como vice.

“Somos a única candidatura que representa de verdade a direita, pois o ‘Valdomirismo’ se vendeu ao tucanato de Mato Grosso do Sul”, afirmou Racib ao Campo Grande News. A crítica foi ao acordo firmado entre o Partido Liberal de Waldemar Costa Neto e Jair Bolsonaro com o PSDB de Reinaldo Azambuja.

Perguntado sobre o que o eleitor douradense pode esperar dele, caso seja eleito, Racib afirmou: “ter vergonha na cara suficiente para respeitar cada cidadão e seus impostos”.

“Pode esperar também coragem para enfrentar os caciques partidários dinossauros que querem só o poder; trabalho para resgatar o protagonismo de Dourados no cenário estadual; não aceitar as migalhas do governo estadual e sim reivindicar a ‘cereja do bolo’. Precisamos de novas lideranças políticas para eleger um senador em 2026”, afirmou.

Os políticos douradenses têm como sonho eleger um senador de Dourados, o que nunca aconteceu na história política de Mato Grosso do Sul. O que passou mais perto foi Murilo Zauith, em 2010 (ficou em terceiro, atrás de Delcidio Amaral e Waldemir Moka).

“Eu não faço promessas, faço compromissos. Essa eleição precisa ter resgate da classe política. Vou cometer erros? Vou! Mas para cada erro quero acertar duas vezes”, disse o candidato do Novo.

Racib disse que a principal mensagem levada aos eleitores douradenses é seu plano de governo “bem elaborado de acordo com nossos problemas e a solução para a maioria deles”.

Entre suas principais propostas, o candidato do Novo cita redução dos cargos comissionados da prefeitura em 70% e austeridade fiscal nos contratos; divisão da cidade em territórios de 20 mil a 25 mil habitantes para melhor atender demandas locais e instalação de centro de telemedicina para suprir demanda de consultas das especialidades médicas.

Também cita a construção do Centro de Ensino Integral Digital e instalação de agência de fomento, a ser operada com recursos do BNDES e bancos regionais de desenvolvimento, para incentivar a geração de empregos, além de buscar novas indústrias de pequeno e médio porte com incentivos fiscais.

“Hoje presenciamos uma cidade abandonada em termos de limpeza pública e asseio. A falta de materiais básicos sempre se arrastou nas gestões anteriores; os famosos buracos ainda tiram o sono dos douradenses. A novela mexicana do aeroporto é vergonha para a cidade. O eleitor pode esperar de mim vontade de trabalhar e fazer o melhor que todos já fizeram”, afirmou Racib.

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