Em quase duas décadas, patrimônio de Tereza Cristina vai de 0 a R$ 5,6 milhões
Outros cinco candidatos ao Senado declararam bens à Justiça Eleitoral
Evolução patrimonial da deputada federal Tereza Cristina (PP) foi de zero patrimônio a R$ 5,6 milhões em quase duas décadas. É o que mostram as declarações feitas à Justiça Eleitoral nas quatro eleições que participou nos últimos 18 anos. Em 2004, quando tentou ser prefeita de Terenos, a ex-ministra da Agricultura alegou não ter bens.
Dez anos depois, quando se tornou deputada federal pela primeira vez, disse ter R$ 10 mil somando outros créditos, poupança e depósito bancário. Já em 2018, quando se reelegeu à Câmara dos Deputados, Tereza Cristina tinha posses que totalizavam R$ 5,1 milhão.
Agora, conforme declarou em seu registro de candidatura ao Senado, o patrimônio em seu nome chega a R$ 5,6 milhões. Destes, há apartamento de R$ 516 mil, R$ 30 mil em moeda nacional, R$ 1 milhão em aplicações e R$ 1,1 milhão em bens imóveis.
Dos seis nomes já registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a ex-ministra lidera o ranking de crescimento patrimonial. No lapso de tempo em que não postulou mandato, ela foi secretaria estadual de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comercio e Turismo na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB) de 2007 a 2014.
Outros - Em seguida vem o ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PSD) com R$ 1,4 milhões declarados, mas, ao contrário de Tereza Cristina, ele teve perda de patrimônio. Em 2018 quando estreou na política e foi candidato a governador pelo PDT, seus bens somavam R$ 1,6 milhão.
Os imóveis seguem sendo os mesmos: três casas de R$ 700mil, R$ 650 mil e R$ 30 mil. Já os depósitos, fundos e poupança que constam na declaração de quatro anos atrás, não estão na lista atual.
O professor universitário Tiago Botelho, candidato a senador pelo PT, também é estreante em eleições e disse ao TSE ter R$ 927 em posses com R$ 625 mil concentrados em bens imóveis e dois terrenos de R$ 153 mil e R$ 89 mil.
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) passou de R$ 539 mil em 2010, ano em que foi eleito deputado federal pela primeira vez, para R$ 634 mil em 2014 quando se reelegeu e hoje, candidato ao Senado, possui bens que totalizam R$ 748 mil, sendo R$ 406 mil em bens imóveis.
Outro que estreia nas urnas no próximo dia 2 de outubro é o empresário Anízio Tocchio (Psol) que tem uma casa no valor de R$ 150 mil. Por fim, o jornalista Jeferson Bezerra (Agir) afirmou não possuir bens atualmente. Em 2016, ele concorreu à Câmara Municipal de Dourados e chegou a ser suplente. À época, segundo consta no sistema eleitoral, tinha R$ 10 mil em moeda nacional.