Encontro do PT na Capital começa com reunião fechada entre "rivais"

Durante encontro do PT na Câmara Municipal de Campo Grande, que começou com 1h40 de atraso na manhã deste sábado (23), candidatas "rivais" no partido, todas na luta pela pré-candidatura à prefeitura, amanheceram em reunião a portas fechadas no gabinete da vereadora Luíza Ribeiro. A expectativa é que o principal nome para concorrer às próximas eleições saia de lá.

Estavam na sala a deputada federal Camila Jara, a advogada Giselle Marques e a professora Bartolina Ramalho Catanante. Inicialmente, Gisele e Camila estavam a sós. As duas buscam consenso sobre quem será a escolha principal do partido.

Giselle insiste em ser pré-candidata à prefeitura, enquanto Camila tenta convencê-la a pleitear cargo como vereadora nas próximas eleições. A provável disputa foi aventada por quem participa do encontro.

Nome já definido - O nome de Camila foi mencionado pelo deputado federal Vander Loubet antes do encontro na Câmara, nesta quinta-feira (21), ressaltando que o nome já está definido e tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer ao Executivo municipal.

Com a desistência de ser pré-candidato à prefeitura anunciada por José Orcírio Miranda dos Santos, o "Zeca do PT", Luíza Ribeiro e o também vereador Ayrton Araújo foram outras lideranças que citaram Camila como a mais provável escolha do partido.

No plenário da Câmara, hoje, o próprio Ayrton foi quem anunciou o nome de três mulheres na disputa: Camila, Giselle e Bartolina. Antes eram 4, mas no último momento, a professora Eugênia Portela abriu mão em apoio à colega Bartolina.

A deputada federal foi a mais aplaudida pelo público presente e teve o nome defendido por Ayrton. "Uma jovem que tem condições de debater essa Capital com propostas de relevância para melhorá-la", disse o parlamentar.  "Os que se diziam petistas nos abandonaram", continuou Araújo. "Mas nós vamos para o debate e vamos para disputa para ganhar", finalizou.

Por fim, depois da conversa que não teve o teor divulgado, as deixaram a sala e as 4 sentaram juntas e posaram sorrindo para fotos.

Outras discussões - Também presente, o deputado estadual Pedro Kemp lembrou que, depois de muito tempo e muitas dificuldades, finalmente a sigla em Campo Grande se reúne para organizar uma disputa à altura do partido. "Passamos por período de trevas, de criminalização das lideranças, mas nós vencemos e tenho muito orgulho de fazer parte desse partido", celebrou.

Já o presidente regional do PT, Agamenon do Prado, aproveitou o espaço para justificar a aproximação do partido com o PDT e o PSD, por exemplo. "Os nossos desafios são muito grandes. Por isso que o Partido dos Trabalhadores não tem medido esforços para unir a centro-esquerda", disse.

Parte da aliança de esquerda para as eleições de 2024, o presidente municipal do PV, Murilo Bluma, lembrou que Campo Grande nunca elegeu um prefeito (a) de esquerda. “Mas isso já começou a mudar na eleição passada. Essa nova luta inicia aqui. Estamos juntos para eleger uma prefeita de esquerda em Campo Grande.”

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