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Política

Ex-primeira-dama passa mal na prisão e é levada para hospital sob escolta

Aline dos Santos | 16/08/2016 08:15
Andréia Olarte (de amarelo) foi presa ontem em operação do Gaeco. (Foto: Fernando Antunes)
Andréia Olarte (de amarelo) foi presa ontem em operação do Gaeco. (Foto: Fernando Antunes)

Presa ontem na operação Pecúnia, a ex-primeira-dama Andréia Olarte (Pros) passou mal na prisão e foi levada na manhã desta terça-feira (dia 16) para o hospital. “Ela passou mal, entrei com pedido no tribunal ontem à noite e deixei ela no Hospital da Unimed às 5h30”, afirma o advogado João Carlos Veiga Júnior. Andréia está sob escolta policial. 

A autorização para que ela deixasse a cela da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), em Campo Grande, foi dada pelo desembargador do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Júlio Roberto Siqueira Cardoso.

A defesa de Andréia informou ao tribunal que ela foi presa às 6h da manhã, levada para o presídio feminino e transferida para a Denar. Na delegacia, passou mal por volta das 18h30, com quadro de vômito, taquicardia e pressão alta. Ela foi atendida no local pelo vereador Jamal Salém (PR), médico da família.

O profissional orientou que a paciente fosse atendida por um cardiologista. A defesa pediu que fosse deferida prisão domiciliar. Contudo, o desembargador liberou somente a ida ao médico e retorno para a delegacia após o atendimento.

A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prendeu quatro pessoas ontem em Campo Grande. Os alvos foram Andréia; o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros); o empresário Evandro Simões Farinelli; e o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida.

De acordo com o Gaeco, braço do MPE (Ministério Público Estadual), as investigações começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista.

Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforma a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal.

Ivamil Rodrigues é apontado como braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli é suspeito de ceder o nome para que as aquisições fossem feitas. As quatro prisões são temporárias. Pecúnia é uma palavra feminina que significa dinheiro.

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